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Bulgária. Última tentativa para formar governo falha

O Partido Socialista Búlgaro (BSP) anunciou hoje o fracasso de uma terceira tentativa para formar Governo na Bulgária, o que obriga o país mais pobre da União Europeia (UE) a realizar novas eleições, as quintas em dois anos.

Bulgária. Última tentativa para formar governo falha
Notícias ao Minuto

15:17 - 20/01/23 por Lusa

Mundo Bulgária

"As eleições antecipadas são inevitáveis", afirmou a líder socialista, Korneliya Ninova, após uma reunião no Parlamento com representantes de outras forças políticas, nomeadamente com Nikolay Denkov, primeiro-ministro indigitado depois de o partido que lidera, os conservadores populistas do GERB, ter vencido as eleições de 02 de outubro de 2022.

Nem o GERB nem os europeístas do Vamos Continuar as Mudanças conseguiram formar um novo Governo com os socialistas, pelo que o Presidente búlgaro, Rumen Radev, deu uma terceira hipótese ao BSP para formar um executivo, o que fracassou.

Após reconhecer novo falhanço, os socialistas têm, agora, de devolver o mandato a Radev até à próxima segunda-feira, após o que o Presidente búlgaro dissolverá o Parlamento e convocará eleições legislativas antecipadas, provavelmente para fins de março ou princípios de abril.

Aa guerra na Ucrânia é a principal divergência dos socialistas, herdeiros do partido único comunista e historicamente próximos de Moscovo, com o GERB, do ex-primeiro-ministro Boyko Borissov, e o Vamos Continuar as Mudanças.

Em 2022, quando a Bulgária era liderada pelo partido Vamos Continuar as Mudanças, enviou munições e combustível em larga escala para a Ucrânia, ainda que de forma velada, pois só nesta semana é que a ajuda foi revelada.

Terça-feira, numa entrevista à televisão búlgara, o ex-primeiro-ministro Kiril Petkov confirmou que a Bulgária enviou, nos primeiros dois meses de guerra, material militar e combustível para a Ucrânia, avaliados em cerca de 2.000 milhões de euros.

Até agora, as autoridades búlgaras negaram sempre o envio de ajuda ou de armamento para a Ucrânia.

Outras linhas vermelhas, como o combate à corrupção, os vetos mútuos e a fragmentação do Parlamento dificultam qualquer acordo entre os partidos do arco do poder.

Analistas citados hoje pela agência noticiosa Associated Press (AP) afirmaram acreditar que uma nova votação poderá ter um resultado semelhante e prolongar o impasse político que tomou conta do país em 2020, quando milhares de búlgaros participaram em manifestações de protesto para exigir reformas no sistema judicial e ações eficientes no combate à corrupção.

A crise política no país está a aumentar os problemas económicos do Estado membro mais pobre da UE, pois pode atrasar os planos da entrada do país Zona Euro, previsto para 2024, bem como o recebimento dos fundos de recuperação europeus.

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