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Países da NATO pedem envio de tanques antes da reunião de Ramstein

Ministros da Defesa e representantes de dez países da NATO exigiram esta quinta-feira o envio urgente de mais armamento pesado a Kyiv, incluindo tanques, na véspera da reunião do Grupo de Contacto para a Ucrânia agendada para Ramstein, Alemanha.

Países da NATO pedem envio de tanques antes da reunião de Ramstein
Notícias ao Minuto

17:30 - 19/01/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

A Estónia foi a anfitrião deste encontro prévio, um país que, com os restantes Estados do Báltico e a Polónia, tem insistido junto dos parceiros europeus num maior compromisso na defesa da Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

Durante o encontro, o Governo estónio anunciou o envio de um novo pacote de armas de artilharia pesada de 155 mm e 122 mm e munições, para além de centenas de granadas antitanque, num valor de 133 milhões de euros.

Após esta entrega, a contribuição da Estónia à Ucrânia ascende a 370 milhões de euros, que corresponde a 1% do PIB (Produto Interno Bruto) do país báltico, indicou um comunicado.

Em conferência de imprensa na base militar de Tapa, o ministro da Defesa estónio, Hanno Pevkur, declarou que caso a União Europeia (UE) fornecesse a mesma proporção do seu PIB em ajuda militar à Ucrânia, esta ascenderia a 150 mil milhões de euros.

Um dos temas que deverá ser abordado na reunião do Grupo de Contacto que decorre na sexta-feira na base militar norte-americana de Ramstein, sudoeste da Alemanha, consiste no fornecimento à Ucrânia de modernos tanques de combate ocidentais, como o Leopard 2 de fabrico alemão.

A reunião na Estónia deverá impor uma certa pressão sobre a Alemanha para que permita a entrega à Ucrânia destes tanques pelos países que os possuem. Qualquer envio destes blindados para um terceiro país deve ser autorizado pelo Governo de Berlim.

A Alemanha recusou até ao momento autorizar a entrega à Ucrânia dos carros de combate Leopard de outros países da NATO e afirmou que essa decisão apenas pode ser adotada "em coordenação" com os aliados.

Os 'media' alemães têm sugerido que este veto poderá ser ultrapassado caso os Estados Unidos permitam o envio dos seus tanques Abrams, que se considera necessitarem de mais treino e apoio face aos Leopard.

O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, afirmou em Tapa que o seu país está disposto a entregar tanques Challenger à Ucrânia, juntamente com os veículos blindados de combate e um enorme fornecimento de munições.

Wallace também disse que o Reino Unido entregaria 600 mísseis anti-blindados Brimstone à Ucrânia, para além do pacote anunciado no início desta semana.

Os ministros da Defesa da Estónia, Reino Unido, Polónia, Letónia, Lituânia, e representantes da Dinamarca, República Checa, Alemanha, Países Baixos, Eslováquia e Espanha publicaram uma declaração conjunta designada "O compromisso de Tallinn".

"Juntos, continuaremos a apoiar a Ucrânia para que passe da resistência à expulsão das forças russas de solo ucraniano", indica o documento divulgado pelo Ministério da Defesa da Estónia.

A declaração indica que "o novo nível de combate requerido apenas se consegue através de combinações de carros de combate, sistemas de defesa antiaérea e antimísseis, operando junto a grupos de artilharia, assim como elementos de alta precisão para atingir a logística e o comando russo em território ocupado".

Alguns dos signatários deste documento não estiveram presentes nesta reunião por diversos motivos, incluindo o mau tempo, como sucedeu com os responsáveis da Defesa da Letónia e Polónia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus --, segundo os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: NATO apela à mobilização de sociedades aliadas e quer harmonizar defesas

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