Meteorologia

  • 02 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 10º MÁX 17º

"Grande líder", "mulher notável". As reações à demissão de Jacinda Ardern

A primeira-ministra da Nova Zelândia disse que terminará o seu mandato o mais tardar a 7 de fevereiro, tendo sido reeleita há menos de dois anos com uma maioria absoluta. Quando foi eleita em 2017, tornou-se na mulher mais nova a assumir o cargo, na altura, aos 37 anos.

"Grande líder", "mulher notável". As reações à demissão de Jacinda Ardern
Notícias ao Minuto

09:06 - 19/01/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Nova Zelândia

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou, na quinta-feira, que se vai demitir do cargo de primeira-ministra, uma declaração que chocou os líderes do seu partido.

Numa reunião do grupo parlamentar do Partido Trabalhista, citada pelo The Guardian, Ardern admitiu que "já não tem energia que chegue" para continuar no cargo, que desempenha desde 2017.

"Está na altura. Vou sair porque acredito que um cargo tão privilegiado vem com responsabilidade. A responsabilidade de saber que se é a pessoa certa para liderar e também quando não se é. Sei o que este trabalho envolve. E sei que não tenho mais combustível para lhe fazer justiça. É tão simples quanto isso", afirmou a política progressista.

Após a demissão, muitas têm sido as reações à demissão inesperada de Jacinda Ardern.

O líder da oposição da Nova Zelândia, Christopher Luxon, agradeceu o trabalho, na rede social Tik Tok: "Em nome do Partido Nacional, à primeira-ministra Jacinda Ardern, os nossos agradecimentos pelo seu serviço à Nova Zelândia". "Ela deu tudo de si a este trabalho incrivelmente exigente e desejo-lhe e à sua família tudo de bom para o futuro. Obrigada, Jacinda", rematou Luxon.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Norman Albanese, também lembrou o trabalho de Jacinda Ardern destacando que "demonstrou que a empatia e o discernimento são qualidades de liderança poderosas". "Jacinda tem sido uma defensora feroz da Nova Zelândia, uma inspiração para tantos e uma grande amiga para mim", reforçou.

A embaixadora do Reino Unido na Nova Zelândia, Iona Thomas, também salientou, na rede social Twitter, que Jacinda Ardern "tem sido uma grande amiga e parceira do Reino Unido durante o tempo como primeira-ministra e defendeu conexões entre os dois países à medida que aumentámos o comércio e enfrentámos desafios compartilhados".

"Desejo-lhe o melhor para tudo o que está por vir", ressaltou.

Jan Tinetti, a ministra da Administração Interna da Nova Zelândia, expressou o sentimento pela "mulher notável". "Ela não só tem sido a chefe mais incrível como tem sido um enorme apoio para mim a título pessoal", elucidou, confessando que nunca esquecerá o apoio e o estímulo que ela lhe deu quando foi diagnosticada com cancro da mama.

"Jacinda é uma grande líder, a pessoa mais trabalhadora que já conheci, mas acima de tudo, o que sempre se destacará para mim é que ela é uma pessoa amável, generosa, ferozmente leal e da maior integridade", escreveu, na rede social Facebook.

James Shaw, que dirige a pasta Alterações Climáticas e é o ministro associado do Ambiente para a Biodiversidade no país,, lembrou o privilégio que foi trabalhar ao lado da primeira-ministra Jacinda Ardern durante os últimos cinco anos do governo. "Ela é uma das pessoas mais dedicadas, autênticas e movidas por valores que tenho tido o prazer de conhecer", destacou.

"Compreendo perfeitamente a sua decisão de se colocar de lado, mas sentirei a sua falta", escreveu, na rede social Facebook.

Chris Hipkins, o ministro da Educação da Nova Zelândia, destacou também o privilégio e honra que tem sido "servir no governo de Jacinda Ardern". "Sob a sua liderança temos enfrentado alguns dos maiores desafios que qualquer governo recente tem enfrentado", sublinhou, acrescentando que "Jacinda tem sido uma voz de calma, amável tranquilidade e força".

"Não consigo pensar em melhor pessoa para nos ter conduzido ao longo dos últimos cinco anos e meio e respeito totalmente a sua decisão de se colocar de lado", rematou.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, agradeceu a Jacinda Ardern "pela sua parceria e amizade - e pela liderança empática, compassiva, forte e estável ao longo dos últimos anos". "A diferença que fez é imensurável. Desejo-lhe a si e à sua família nada mais do que o melhor, minha amiga", indicou.

Ayesha Verrall, ministra de Resposta à Covid-19 da Nova Zelândia, escreveu, na rede social Twitter, que foi um "privilégio ter servido com Jacinda Ardern e ter testemunhado a sua força, intelecto e humanidade enquanto ela liderava na pandemia".

"A sua liderança salvou dezenas de milhares de vidas na Nova Zelândia", salientou.

Jacinda Ardern disse que terminará o seu mandato o mais tardar a 7 de fevereiro, tendo sido reeleita há menos de dois anos com uma maioria absoluta. Quando foi eleita em 2017, tornou-se na mulher mais nova a assumir o cargo de primeira-ministra, na altura, aos 37 anos.

Ardern governou durante dois dos períodos mais tumultuosos da história recente da Nova Zelândia, tendo sido a líder responsável por abolir a venda e posse de armas de fogo depois do massacre islamofóbico numa mesquita em Christchurch, em 2019.

Jacinda Ardern liderou também a resposta do país na Oceânia contra a Covid-19, que aproveitou o seu isolamento natural para se ver livre da pandemia no espaço de meses.

A líder do país protagonizou também um momento algo histórico em 2018, ao tornar-se das poucas chefes de Governo mundiais a darem à luz a uma criança enquanto estavam à frente de um executivo.

Leia Também: Estátua de poetisa é símbolo de compaixão nas ruas de Moscovo

Recomendados para si

;
Campo obrigatório