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Taiwan expressa "séria preocupação" após contactos entre China e Honduras

Taiwan expressou a sua "séria preocupação", após uma reunião realizada no início do mês entre o ministro dos Negócios Estrangeiros hondurenho, Eduardo Enrique Reina, e o vice-chanceler chinês, Xie Feng, informou hoje a imprensa da ilha.

Taiwan expressa "séria preocupação" após contactos entre China e Honduras
Notícias ao Minuto

08:15 - 19/01/23 por Lusa

Mundo Diplomacia

A conversa ocorreu em Brasília, no primeiro dia de janeiro. Xie e Reina assistiram à tomada de posse do novo líder brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Depois de o jornal hondurenho La Prensa ter noticiado o encontro, Reina explicou que o diálogo se concentrou na possível participação da China na construção de uma central hidroelétrica nas Honduras.

As Honduras são um dos 14 países ou Estados com os quais Taiwan mantém relações diplomáticas. Também Guatemala, Cidade do Vaticano, Haiti, Paraguai, Essuatíni, Tuvalu, Nauru, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, Belize, Ilhas Marshall e Palau têm relações com Taipé, em vez de Pequim.

O ministério dos Negócios Estrangeiros taiwanês informou que a embaixadora taiwanesa nas Honduras, Vivia Chang, transmitiu ao chanceler hondurenho a "preocupação" de Taipé, de acordo com a agência noticiosa CNA.

Pequim oferece "falsas promessas", com o objetivo de "reduzir a presença internacional" de Taiwan, alertou o ministério da ilha.

Taiwan "promove há muitos anos projetos que melhoram a vida do povo hondurenho", lembrou o ministério.

Os laços entre as Honduras e Taipé datam de 1941, quando o governo da República da China - nome oficial de Taiwan - ainda controlava toda a China.

Desde 1949, China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos, depois de o antigo governo nacionalista chinês se ter refugiado na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

Nos últimos anos, quatro países latino-americanos - Panamá, El Salvador, República Dominicana e Nicarágua - romperam relações com Taiwan e estabeleceram laços diplomáticos com Pequim, ilustrando os esforços da República Popular da China para isolar o território internacionalmente.

Também São Tomé e Príncipe estabeleceu, em 2016, relações com Pequim, rompendo laços com Taipé.

Leia Também: Taiwan denuncia incursões do Exército chinês pelo segundo dia consecutivo

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