O governo espanhol continua a aplicar a Lei da Memória Democrática - aprovada em outubro passado - e com a qual se pretende “recuperar, salvaguardar e divulgar” a memória democrática em Espanha, além de reparar “tantos anos de dor” às vítimas do franquismo.
Para eliminar todo o tipo de vestígios, condecorações e homenagens a membros, defensores e altos funcionários da ditadura franquista, esta quarta-feira o ministério do Trabalho e Economia Social comunicou a remoção de pinturas e símbolos franquistas que ainda permanecem na sua sede.
A ministra Yolanda Díaz quis ainda recordar que o seu ministério foi o primeiro a aplicar o regulamento, ao retirar a medalha de mérito do trabalho de Franco.
O ministério dos Assuntos Económicos e da Transformação Digital, em declarações à Europa Press, informou que não possui fotografias ou retratos do regime de Franco, numa clara alusão ao facto de a lei estar a ser cumprida.
Por sua vez, o ministério da Justiça retirou hoje a pintura de Antonio Garrigues Díaz-Cañabate, que herdou a pasta de Franco após sua morte, com a figura de Juan Carlos I já como chefe de Estado.
Por fim, o ministro da Presidência, Relações com os Tribunais e Memória Democrática, Félix Bolaños, referiu que todas as administrações públicas, estaduais, regionais e municipais devem adequar "as circunstâncias de cada um dos edifícios para o que estabelece a Lei da Memória Democrática".
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