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Ministro turco critica Suécia e Finlândia pelo incumprimento do acordo

O ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, criticou hoje a Suécia e a Finlândia, candidatas à adesão à NATO, por os dois países escandinavos não cumprirem os compromissos acordados para aderir à aliança militar.

Ministro turco critica Suécia e Finlândia pelo incumprimento do acordo
Notícias ao Minuto

18:47 - 17/01/23 por Lusa

Mundo NATO

A Turquia e a Hungria são os únicos entre os 30 Estados membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) que ainda não ratificaram a adesão de Suécia e Finlândia, embora Budapeste espere dar o aval numa das primeiras sessões parlamentares desde ano.

"A Suécia e Finlândia não cumprem os seus compromissos contidos no memorando [assinado em junho passado]. Esperamos medidas concretas para acabar com o apoio a organizações terroristas", disse Akar durante uma visita à embaixada da Turquia em Praga.

Inicialmente, a Turquia vetou o alargamento da Aliança Atlântica, considerando que os dois países nórdicos mantêm uma política "muito tolerante" com as organizações armadas curdas.

No entanto, na cimeira da NATO realizada em Madrid em junho de 2022, Suécia, Finlândia e Turquia assinaram um memorando de entendimento para desbloquear a situação.

Meio ano depois, Ancara continua a criticar os dois países por não terem cumprido os termos do acordo, nomeadamente no que diz respeito à expulsão de mais de uma centena de supostos terroristas curdos.

O também ex-chefe das forças armadas da Turquia, que em Praga debateu com o primeiro-ministro checo, Petr Fiala, a guerra na Ucrânia e como conseguir a estabilização do país, sublinhou que a luta contra o terrorismo "é uma questão que os cidadãos turcos acompanham com sensibilidade", embora tenha acrescentado que Ancara saúda o alargamento da NATO.

As críticas do ministro da Defesa turco à Suécia juntam-se às feitas hoje pelo Governo, em Ancara, que considerou "extremamente absurda" a decisão do Ministério Público sueco de não investigar um recente protesto de opositores curdos em Estocolmo, em que surgiu um boneco do Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pendurado pelas pernas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlüt Cavusoglu, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo iraniano, Hussein Amirabdollahian, descreveu o que aconteceu na semana passada na capital sueca como "ato racista" e um "crime de ódio".

"Que ninguém nos tente enganar. Este é um ato de ódio e de racismo. É um crime sob a lei internacional. Se a Suécia pensa que nos está a enganar com esses trocadilhos, está a enganar-se a si mesma", disse o ministro turco.

"Todos nós conhecemos o Estado de direito. Quem está a fazer esse espetáculo? Os terroristas! A Suécia tem a promessa de os combater de acordo com o memorando? Sim!", acrescentou Cavusoglu.

"A Suécia tem de tomar medidas para não ser encurralada [no caminho para a adesão à NATO] por minas colocadas por terroristas", advertiu o ministro turco.

A 08 de janeiro, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, afirmou que o Governo turco está a impor à Suécia uma série de exigências para aceitar a adesão à NATO que Estocolmo "não pode nem quer cumprir".

"[A Turquia] quer coisas que nós não podemos e não queremos dar-lhes. Agora a decisão [da adesão à Aliança Atlântica] recai sobre os turcos", declarou o primeiro-ministro sueco durante uma conferência em Estocolmo, que contou com a presença do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e do ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Pekka Haavisto.

Leia Também: Turquia anuncia "expansão" das patrulhas com as forças russas na Síria

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