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Brasil defende negociação de "meta global" para reduzir desflorestação

A ministra do Meio Ambiente do Brasil defendeu hoje a negociação de um acordo de metas para limitar a desflorestação globalmente e reafirmou o compromisso do seu país em reduzir a zero a destruição da Amazónia até 2030.

Brasil defende negociação de "meta global" para reduzir desflorestação
Notícias ao Minuto

18:13 - 17/01/23 por Lusa

Mundo Fórum Económico Mundial

"O Brasil quer liderar uma iniciativa global sobre florestas. Estamos conversando com países que possuem grandes áreas florestais para poder definir uma meta para reduzir a perda de florestas em termos globais", disse Marina Silva, numa sessão do Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça, dedicada ao Brasil.

A líder ambientalista aproveitou o seu discurso para defender a proposta brasileira de que países que ainda possuem grandes áreas florestais negoceiem um acordo para proteger as florestas e definam metas para reduzir a desflorestação.

A ministra disse que, após quatro anos de políticas ambientais questionáveis, o novo Governo brasileiro liderado pelo Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva já está adotando as medidas necessárias para cumprir as metas a que se comprometeu, entre as quais reduzir a zero a desflorestação da Amazónia até 2030.

Marina Silva lembrou, porém, que cumprir esses compromissos não é responsabilidade apenas do Brasil, mas de todo o mundo, e que não adianta o seu país garantir a preservação da Amazónia se outros países não cumprirem a sua parte.

"Nosso compromisso é fazer o Brasil passar de uma economia intensiva em carbono para uma economia de baixo carbono, e essa transição energética exige investimentos", afirmou.

A ministra brasileira salientou que a decisão do Governo brasileiro de indicar a cidade amazónica de Belém como sede da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30) é uma demonstração do compromisso do Brasil com a proteção da Amazónia, mas também uma oportunidade de mostrar que a preservação não é apenas uma responsabilidade local.

"Precisamos de parcerias, precisamos de cooperação tecnológica, mas precisamos principalmente que cada um faça a sua parte. Podemos reduzir a zero o desflorestamento da Amazónia, mas se todos continuarem emitindo gás carbónico e usando combustíveis fósseis, a Amazónia será destruída para sempre de qualquer maneira", frisou a governante brasileira.

Nesse sentido, Marina Silva concluiu lembrando o compromisso não cumprido dos países desenvolvidos de contribuir com 100 milhões de dólares por ano a partir de 2020 para ajudar os países mais pobres a se prepararem para as mudanças climáticas.

Leia Também: Desflorestação da Amazónia bateu recorde no último ano de Bolsonaro

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