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Comissão Eleitoral nega adiamento das eleições na Nigéria em fevereiro

O presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) da Nigéria, Mahmood Yakubu garantiu hoje que as eleições gerais de 25 de fevereiro não serão adiadas, contrariando a hipótese que avançou na semana passada.

Comissão Eleitoral nega adiamento das eleições na Nigéria em fevereiro
Notícias ao Minuto

17:34 - 17/01/23 por Lusa

Mundo Nigéria

"A Comissão não está a considerar, quanto mais planear, adiar as eleições gerais de 2023. Vamos avançar na realização das eleições como previsto", afirmou, durante uma palestra no Instituto Real de Relações Internacionais (Chatham House), em Londres.

Na semana passada, Yakubu alertou para o risco de o processo eleitoral ser afetado pelos problemas de segurança no país. Vários ataques de grupos armados contra os escritórios da CENI foram registados no final de 2022. 

"O último ataque aconteceu no domingo da semana passada. Mas graças à cooperação entre os militares e a comissão eleitoral, conseguimos responder e os danos limitaram-se a uma parte do edifício num edifício do governo local", avançou.

Ainda assim, o presidente da comissão eleitoral assegurou que "as eleições vão continuar" e mostrou esperança de que "as autoridades tenham estes ataques sob controlo, e a resposta por parte das agências de segurança seja mais coordenada".

O responsável admitiu o desafio de organizar eleições num país com uma grande extensão geográfica, tendo sido recenseados 93,4 milhões de eleitores para votar em 1.491 círculos eleitorais divididos em 176.846 urnas de voto.

"A população eleitoral atual da Nigéria tem mais 16,7 milhões de eleitores que os 76,7 milhões de eleitores recenseados em todos os outros países juntos da África Ocidental. E existem 14 outros países na sub-região", salientou.

Até à suspensão dos cadernos eleitorais, em 31 de julho de 2022, recensearam-se 12,2 milhões de novos eleitores, dos quais 9,5 milhões foram validados, referiu.

"Acreditamos que o entusiasmo, especialmente entre os jovens, foi em parte responsável por este aumento. Mas eles são também motivados, acreditamos, pela inovação do pré-registo pela Internet introduzido pela Comissão pela primeira vez", enfatizou.

Após este pré-registo 'online' dos eleitores, os cidadãos têm de se dirigir aos centros de registo físicos para concluírem o processo de recolha dos dados biométricos, nomeadamente impressões digitais e reconhecimento facial. 

"Estas inovações foram todas obra dos próprios engenheiros da CENI. As máquinas podem ter sido fabricadas fora do país, mas a conceção das máquinas foi feita pelos nossos próprios engenheiros internos", salientou.

As eleições na Nigéria, o país mais populoso de África com mais de 210 milhões de habitantes, irão escolher o sucessor do atual Presidente, Muhammadu Buhari, que não concorre à reeleição após terminar o seu segundo e último mandato de quatro anos.

Na corrida destaca-se o novo líder do All Progressives Congress (APC, partido no poder), Bola Ahmed Adekunle Tinubu, que enfrenta sobretudo três candidatos: Alhaji Atiku Abubakar, do People's Democratic Party (PDP, oposição), ex-vice-presidente de Olusegun Obasanjo, Peter Obi, do Labour Party, um dissidente do APC, que muitos eleitores veem como principal alternativa à atual classe dirigente, e Rabiu Musa Kwankwaso, líder do New Nigeria Peoples Party (NNPP), também antigo membro do APC, apoiado sobretudo nas regiões setentrionais do país.

Leia Também: União Africana apela a eleições livres, justas e credíveis na Nigéria

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