Apesar das dificuldades políticas, a líder dos socialistas da Bulgária, Kornelia Ninova, disse que o partido vai empenhar-se na "formação do governo funcional de que o país necessita, neste momento".
A iniciativa presidencial ocorre após as duas forças políticas parlamentares búlgaras, o partido de centro direita GERB e a formação reformista Partido da Mudança terem falhado a constituição de uma eventual coligação governativa.
O GERB e o partido Bulgária Democrática anunciaram que não vão apoiar um Executivo liderado pelos socialistas, sobretudo porque o Partido Socialista da Bulgária é conotado com posições pró-russas e tem votado sempre contra a ajuda militar de Sofia a Kiev.
Se as conversações para formação de uma nova coligação falharem, o Presidente tem de dissolver o Parlamento, apontar um governo de transição e marcar eleições dentro dos próximos dois meses.
Os analistas consultados pela agência Associated Press referem que as novas eleições podem voltar a resultar numa outra crise política que marca o país desde 2020 quando milhares de cidadãos se manifestaram em protesto contra a falta de reformas no setor da Justiça e contra as medidas anticorrupção que consideravam "pouco eficientes".
A crise política na Bulgária afeta também a situação económica do país, fazendo demorar a sua adesão à Zona Euro, ao tratado Schengen, assim como faz atrasar o envio dos fundos financeiros da União Europeia que têm como objetivo a recuperação.
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