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Nicolás Maduro condena intervencionismo e critica parlamento opositor

Nicolás Maduro instou hoje os venezuelanos a condenar o intervencionismo de outros países contra a Venezuela, sublinhando que nem cinzas restam do parlamento opositor, que foi liderado por Juan Guaidó.

Nicolás Maduro condena intervencionismo e critica parlamento opositor
Notícias ao Minuto

23:20 - 12/01/23 por Lusa

Mundo Venezuela

"Todos os venezuelanos devem condenar unanimemente o intervencionismo imperialista, o intervencionismo estrangeiro na nossa pátria", disse.

O presidente venezuelano falava durante a sessão anual de apresentação das suas "memórias e contas", que teve lugar no hemiciclo da Assembleia Nacional eleita em 2020 e onde o chavismo detém a maioria.

"Esta é a terceira oportunidade em que tenho que apresentar contas perante vós, os deputados legítimos do Poder Legislativo da Venezuela. Arda quem arda e doa a quem doa, estou perante o poder legítimo da Assembleia Nacional da República Bolivariana da Venezuela no mundo", disse o Chefe de Estado depois de cumprimentar os deputados.

O presidente da Venezuela sublinhou que estava perante o verdadeiro parlamento.

"E é muito importante deixar claro, historiadores da Venezuela, da América Latina, que em numa batalha feroz, a Venezuela tem sido capaz de defender e fazer cumprir a sua Constituição", frisou.

Maduro acusou os funcionários do Governo norte-americano de usar o Twitter para atacar a Venezuela, para fazer negócios criticando o país.

"O presidente Joe Biden deve saber que os seus funcionários estão a fazer-se milionários, cobrando lobbying, enviando mensagens de Twitter todos os dias sobre a Venezuela. Mais do que uma posição ideológica, é um negócio fazer estas coisas contra a República Bolivariana da Venezuela", frisou.

Maduro revelou ter dito ao subsecretário de Estado dos EUA para os Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, "que se está a tornar milionário e quanto mais o nomeio, mais a sua conta sobe, mais se cotiza, e até deveria mesmo dizer-me obrigado".

O presidente da Venezuela disse que "é risível, ridículo, verdadeiramente, que nesta fase ainda se prestem à farsa, à mentira, quando na Venezuela, quem legisla, quem aprova o orçamento, quem supervisiona as finanças públicas, nomeia poderes como o poder eleitoral (...) y quem nomeia autoridades, poderes, como determina a Constituição é única, exclusiva e de maneira determinante a Assembleia Nacional eleita pelo povo no ano 2020 e instalada em 5 de janeiro de 2021".

"Não existe outra. O resto é Nárnia. O resto é a república de Nárnia. O resto é uma farsa, encenada como parte de uma agressão política, económica, financeira, energética, diplomática. Como parte de uma ameaça para recolonizar a Venezuela, que fomos capazes de enfrentar e derrotar", disse.

Nicolás Maduro enfatizou que "não ficaram nem mesmo as cinzas da antiga Assembleia Nacional de 2015. Nem sequer as cinzas ficaram. Não podem fazer como a ave fênix que ressuscitou das cinzas, nem as cinzas ficaram".

"Por isso, não podem ser levados a sério os atos espúrios e ridículos que tentam impor um modelo político à Venezuela, que tentam, desde o estrangeiro, impor instituições, lideranças, autoridades na Venezuela. Não podem ser levados a sério", disse.

Em 05 de janeiro último a oposição elegeu para dirigir o parlamento opositor Dionorah Figuera (exilada em Espanha) e duas vice-presidentes - Marianela Fernández (exilada nos EUA) e Auristela Vasquez (exilada em Espanha) - respetivamente, dos partidos Primeiro Justiça, Um Novo Tempo e Ação Democrática.

A eleição teve lugar numa sessão virtual em que participaram os deputados da Assembleia Nacional eleita em 2015, de maioria opositora, cujo mandato já caducou, mas que continua em funções uma vez que a oposição não reconhece os resultados das eleições legislativas de 2020, onde o regime chavista deteve a maioria parlamentar.

Em 30 de dezembro, a oposição venezuelana decidiu pôr fim ao governo interino de Juan Guaidó, criado em 2019, e prolongou por mais um ano a existência do parlamento opositor eleito em 2015.

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