Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 19º

Novo subcomandante da Rússia na Ucrânia visita tropas na Bielorrússia

Uma delegação do ministério da Defesa da Rússia, liderada pelo novo subcomandante das forças russas na Ucrânia, o general e comandante do Exército Oleg Saliukov, inspecionou hoje o contingente russo estacionado na vizinha Bielorrússia.

Novo subcomandante da Rússia na Ucrânia visita tropas na Bielorrússia
Notícias ao Minuto

16:27 - 12/01/23 por Pedro Caldeira Rodrigues

Mundo Guerra na Ucrânia

"Inspecionaram unidades militares e formações da parte russa integrada no agrupamento regional de forças que estão instaladas nos polígonos das Forças Armadas da Bielorrússia", afirmou o ministério da Defesa bielorrusso no seu canal do Telegram.

Saliukov foi designado na quarta-feira subcomandante das forças militares russas que combatem na Ucrânia, a par do general Serguei Surovikin, chefe da Força Aérea russa, e de Alexei Kim, subchefe do estado-maior das Forças Armadas.

Os três estão sob as ordens de Valeri Guerasimov, atual chefe de estado-maior das Forças Armadas russas.

De acordo com o comando bielorrusso, no decurso da inspeção Saliukov controlou a qualidade dos cursos de preparação militar e elogio a disponibilidade dos militares para cumprir missões "com o objetivo de garantir a segurança militar da União Estatal" da Rússia e Bielorrússia.

O alto comandante militar foi informado dos relatórios elaborados pelos chefes das unidades militares russas e "reviu as condições de instalação dos efetivos, conversou com os militares e comprovou pessoalmente o alto nível de preparação dos combatentes".

"Os militares russos que integram o agrupamento regional das forças prosseguem o curso de preparação militar intensivo nos polígonos das Forças Armadas da Bielorrússia. Os exercícios estão a ser efetuado de dia e de noite", acrescentou o ministério da Defesa bielorrusso.

Ainda hoje, foi confirmada a chegada de novos contingentes militares russos à Bielorrússia, para além de diversos armamento e equipamento.

Recentemente, o secretário do Conselho de Segurança da Bielorrússia, Alexandr Volfovich, assegurou que o agrupamento militar regional possui "objetivos exclusivamente defensivos e a sua missão prioritária consiste na defesa das fronteiras ocidentais da União Estatal Rússia-Bielorrússia".

Recordou ainda que o envio deste agrupamento para território bielorrusso foi acordado em 2021 pelos presidentes da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, e da Rússia, Vladimir Putin.

"O agrupamento regional de tropas é um dos elementos de contenção estratégica. É um elemento que seguramente deve esfriar as mentes febris no ocidente no que se refere à sua política agressiva face à União Estatal", sublinhou.

Segundo o ministério da Defesa da Bielorrússia, a componente russa do agrupamento militar está integrado por pelo menos 9.000 militares, 170 tanques, 200 carros blindados e até 100 peças de artilharia com calibre superior a 100 milímetros.

"Se queres a paz, prepara-te para a guerra. Isto não foi inventado nem por mim nem por vós", assegurou recentemente Lukashenko, que não excluiu uma agressão contra o seu país, acusado de cumplicidade com a Rússia pela Ucrânia e pelos seus vizinhos Polónia e Lituânia.

As autoridades ucranianas têm excluído de momento um ataque a partir de território bielorrusso, como sucedeu no início da campanha militar russa na Ucrânia, ordenada por Putin em 24 de fevereiro de 2022.

A ofensiva militar causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Polícia de Kharkiv relata métodos de tortura usados pelos russos

Recomendados para si

;
Campo obrigatório