Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 12º MÁX 17º

Dez mortos em confrontos entre guerrilheiros e dissidentes na Colômbia

Pelo menos dez pessoas morreram em resultado de um confronto entre guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional e dissidentes das FARC no departamento colombiano de Arauca, na fronteira com Venezuela, onde mantêm uma disputa territorial, indicaram hoje fontes oficiais.

Dez mortos em confrontos entre guerrilheiros e dissidentes na Colômbia
Notícias ao Minuto

23:55 - 11/01/23 por Lusa

Mundo Colômbia

Funcionários municipais afirmaram à agência EFE que os combates ocorreram na segunda-feira e na terça-feira numa área rural de Puerto Rondón.

"Desde os dias 09 e 10 que se registaram combates entre os dissidentes das FARC e do Exército de Libertação Nacional numa zona conhecida por Marrero, especificamente na aldeia Lejanías", precisou uma das fontes, acrescentando que os corpos "continuam no local porque ninguém foi recolhê-los, nem o próprio grupo", e as autoridades locais aguardam o apoio da força pública para "entrar naquela zona e recolhê-los".

A Frente de Guerra Leste, uma das mais poderosas do Exército de Libertação Nacional, trava uma guerra pelo controlo territorial de Arauca, o seu principal bastão, com a 10ª frente de dissidentes das FARC, grupo que não aceitou o acordo de paz assinado em novembro de 2016 com o Governo.

Em janeiro do ano passado, confrontos entre os dois grupos armados ilegais deixaram quase uma centena de mortos em vários municípios de Arauca, principalmente em Saravena e Tame.

O vice-diretor interino da Human Rights Watch, Juan Pappier, afirmou hoje no Twitter que "receberam informações de pelo menos 10 mortes em Arauca, após confrontos entre o Exército de Libertação Nacional e dissidentes das FARC".

Juan Pappier pediu a convocação urgente do grupo que apoia a secretaria técnica do comité interinstitucional de alerta prévio (Ciprat) do Ministério do Interior da Colômbia para serem tomadas medidas "para evitar uma nova escalada de violência" e que a força pública garanta a segurança para que o Ministério Público "possa entrar para recolher os corpos e investigar os fatos".

O Exército de Libertação Nacional, que está em negociações de paz com o governo, rejeitou no início deste mês um cessar-fogo bilateral de seis meses anunciado pelo presidente colombiano Gustavo Petro, já que o assunto não foi tratado na mesa de diálogo realizada em Caracas.

Na véspera do último Natal, o Exército de Libertação Nacional declarou um cessar-fogo unilateral durante a época festiva que terminou a 02 de janeiro, mas esclareceu que esta trégua era apenas com "as Forças Armadas e policiais do Estado", grupos com os quais está em conflito, bem como com os dissidentes das FARC.

Leia Também: Colômbia. Investigada alegada rede de exploração sexual no parlamento

Recomendados para si

;
Campo obrigatório