Invasões em Brasília? UE condena "firmemente estes atos chocantes"

A União Europeia (UE) saudou hoje os esforços das autoridades brasileiras para identificar os responsáveis pelos ataques, no domingo, contra sedes políticas e judiciais em Brasília, exprimindo ainda solidariedade com o Presidente Lula da Silva.

Líbia: UE saúda informações "importantes" após anúncio de cessar-fogo

© Reuters

Lusa
11/01/2023 18:03 ‧ 11/01/2023 por Lusa

Mundo

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"Saudamos os esforços em curso para investigar os responsáveis pelos ataques à democracia no Brasil e pelos atos de vandalismo contra a propriedade pública e o património histórico nacional", referiu, num comunicado, o chefe da diplomacia comunitária, Josep Borrell.

O Alto Representante para a Política Externa da UE condenou "firmemente estes atos chocantes de violência política e o ataque inaceitável contra a democracia que eles representam", ao mesmo tempo que exprimiu a solidariedade europeia com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as instituições "na sua defesa da democracia".

"As diferenças políticas não podem justificar atos criminosos ou pôr em causa os resultados de eleições democráticas", considerou ainda Borrell, lembrando que o exercício dos direitos e liberdades democráticas "deve ter lugar no respeito pela Constituição e pelas instituições democraticamente eleitas".

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e da Presidência (Palácio do Planalto), em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram cerca de 1.500 detidos.

A Polícia Federal brasileira informou que cerca de 600 pessoas presas acusadas de participarem dos atos antidemocráticos, na maioria idosos com mais de 65 anos, mulheres que têm filhos pequenos e pessoas com comorbidades graves, foram libertadas para responder em liberdade.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.

Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.

Torres é alvo de um pedido de prisão que ainda não foi cumprido por se encontrar em viagem aos Estados Unidos da América.

Leia Também: Brasil. Lula diz que Bolsonaro "não quer reconhecer a sua derrota"

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