Netanyahu critica declarações de deputada após pedir prisão de opositores
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou hoje as declarações de uma deputada do Otzma Yehudit, partido israelita de extrema-direita que faz parte da coligação governamental, após pedido de prisão de membros da oposição.
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Mundo Israel
"Num país democrático, não prendemos os líderes da oposição. (...) Também não encorajamos a desobediência civil entre os cidadãos", disse Netanyahu durante uma conversa com o Presidente israelita, Isaac Herzog, acrescentando para não chamarem aos ministros de "nazis" ou governo judeu de "Terceiro Reich".
Estas declarações foram feitas depois de a deputada do partido de extrema-direita Otzma Yehudit Zvika Fogel ter pedido a prisão de líderes da oposição numa entrevista à estação de rádio Kan. O Otzma Yehudit é liderado pelo atual ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir.
Por seu turno, o ex-primeiro-ministro de Israel Yair Lapid, líder do Yesh Atid, acusou Fogel e explicou que "é assim que a democracia se desmorona num só dia", também aludindo aos protestos ocorridos no sábado em Telavive, dos quais, segundo os organizadores, participaram pelo menos 20.000 pessoas.
Após dialogar com o chefe de Estado, Netanyahu adiantou no Twitter que "este é um período sensível e explosivo para o povo israelita".
"(...) Apelo a todos, autoridades eleitas e cidadãos de Israel em todo o espetro público e político: mostrem moderação e responsabilidade. Os ânimos devem ser acalmados. Nos últimos dias tenho trabalhado e conversado com muitas partes e feito todos os possíveis para que haja um diálogo digno e cortês, esperando chegar a um entendimento mais amplo possível", acrescentou.
Netanyahu regressou ao pode no final do passado mês de dezembro com uma coligação de extrema-direita, sendo alvo de críticas dentro e fora do país.
No último sábado, milhares de pessoas manifestaram-se em Telavive contra o Governo e o controverso plano de reforma judicial, que daria poder à maioria parlamentar para anular as decisões do Supremo Tribunal e corroer a independência da Justiça.
Durante o protesto, alguns manifestantes compararam os novos ministros a nazis.
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