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Israelitas discutem em Abu Dhabi segurança com parceiros árabes

Um encontro em Abu Dhabi reuniu nos dois últimos dias representantes de Israel e aliados no Médio Oriente, com o objetivo de reforçar a segurança na região, anunciou hoje um alto responsável norte-americano.

Israelitas discutem em Abu Dhabi segurança com parceiros árabes
Notícias ao Minuto

19:47 - 10/01/23 por Lusa

Mundo Abu Dhabi

Cerca de 150 delegados, representando os governos de Israel, Egito, Marrocos, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Bahrein, estiveram reunidos na segunda-feira e hoje no âmbito dos grupos de trabalho do Fórum Negev, decorrentes dos acordos de normalização concluídos em 2020 entre Israel e países árabes próximos de Washington.

Este é o "maior encontro entre Israel e os seus parceiros regionais" desde a Conferência de Madrid, realizada em 1991 com o objetivo de iniciar um processo de paz entre Israel e seus vizinhos árabes, segundo Derek Chollet, alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA.

"Discutimos uma ampla gama de tópicos relacionados com a construção das nossas capacidades de partilha de informações, que vão além do trabalho já muito importante entre os nossos exércitos na região", declarou em conferência de imprensa.

Este encontro nos Emirados Árabes Unidos, considerou, é "um novo passo decisivo" para a aproximação entre Israel e os países árabes.

Depois do Egito, primeiro país árabe a assinar um tratado de paz em 1979 encerrando o estado de guerra com Israel, seguido pela Jordânia em 1994, os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos formalizaram as suas relações com o estado judaico em 2020, após negociações patrocinadas pela administração do então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Os Acordos de Abraão, concluídos em 2020, deram origem ao Fórum Negev, que visa alargar e fortalecer a cooperação entre estes países, nas áreas da segurança, energia, turismo e educação.

Esta política rompe com décadas de consenso árabe em relação à solução do conflito israelo-palestiniano.

Os Acordos de Abraão foram denunciados como "traição" pelos palestinianos.

A reunião dos últimos dias em Abu Dhabi ocorre numa fase em que o novo Governo liderado por Benjamin Netanyahu acelera uma agenda ultranacionalista, incluindo a proibição de exibir a bandeira da Palestina em espaços públicos.

No domingo, o Governo palestiniano denunciou que Israel cancelou a autorização de entrada no país ao seu chefe da diplomacia, Riad al-Maliki, a quarta restrição a funcionários políticos palestinianos num só dia.

Na sexta-feira, o novo Governo de Israel aprovou uma série de medidas punitivas contra a liderança da Autoridade Palestiniana como represália pela pressão que está a fazer na ONU contra a ocupação israelita.

Entre as medidas aprovadas pelo gabinete de segurança do Governo, amplamente preenchido com aliados de extrema-direita e conservadores religiosos de Netanyahu, está a que permite a Israel reter 39 milhões de dólares (36,8 milhões de euros) destinados à Autoridade Palestiniana, transferindo esse montante para um programa de compensação para as famílias das vítimas israelitas de ataques de militantes palestinianos.

O novo Governo de extrema-direita de Israel prometeu dar prioridade a expansão dos colonatos e legalizar os postos avançados construídos ilegalmente.

O novo executivo esteve também envolvido em polémica, quando, poucos dias de assumir o cargo, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, visitou o local sagrado mais sensível de Jerusalém -- um complexo no topo de uma colina reverenciado por judeus e muçulmanos, merecendo fortes críticas da Palestina e dos próprios Estados Unidos e aliados árabes de Israel.

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