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Irão decreta mais uma condenação à morte associada a manifestações

A justiça iraniana condenou hoje à morte mais um homem pelo presumível envolvimento nas manifestações desencadeadas pela morte, em setembro e sob detenção da polícia, da jovem curda Mahsa Amini, anunciou a autoridade judiciária do Irão, Mizan Online.

Irão decreta mais uma condenação à morte associada a manifestações
Notícias ao Minuto

17:31 - 10/01/23 por Lusa

Mundo Irão

O tribunal condenou Javad Rouhi à morte alegando "corrupção na terra", "apostasia por profanação do Alcorão ao queimá-lo" e "destruição e queima de propriedade pública".

Javad Rouhi, cuja idade não foi especificada, foi condenado por ter sido "o líder de um grupo de desordeiros" em Noshahr (norte) e por ter "incitado e encorajado os cidadãos a se revoltarem", referiu a agência Mizan Online.

A decisão pode ser "suscetível de recurso para o Supremo Tribunal Federal", especifica a Mizan Online.

No início de janeiro, o Supremo Tribunal de Justiça iraniano manteve as sentenças de morte de dois homens com ligação aos protestos, pelo que não existe mais nenhuma possibilidade de recorrer da decisão, podendo ser executados a qualquer momento.

A sentença eleva para 18 o número de pessoas condenadas à morte por associação aos protestos que, desde setembro de 2022, assolam o país do regime teocrata do ayatollah Ali Khamenei, de acordo com uma contagem elaborada pela agência noticiosa France-Presse (AFP), o que tem gerado grande contestação da comunidade internacional.

O Irão está a ser abalado por meses de protestos após a morte de Amini, a 16 de setembro, três dias depois de ter sido detida pela polícia da moralidade iraniana por supostamente ter violado o rígido código de vestimenta imposto pelo regime teocrático.

As autoridades iranianas referem-se normalmente aos protestos como "motins" encorajados por países e organizações hostis ao Irão.

Por outro lado, o jornalista iraniano Mehdi Beikoghli foi libertado sob fiança após ter sido preso na passada quinta-feira, anunciou hoje a mulher, citada pelo jornal Etemad.

Chefe do departamento político deste jornal reformista, Beikoghli entrevistou nas últimas semanas familiares de presos condenados à morte por causa das manifestações.

Leia Também: Irão. Trabalhador humanitário belga condenado a 40 anos de prisão

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