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Doadores prometem mais de 9.000 milhões de dólares ao Paquistão

Dezenas de países e instituições internacionais prometeram hoje, numa conferência de doadores organizada pelas Nações Unidas (ONU) em Genebra, doar mais de 9.000 milhões de dólares ao Paquistão, devastado por inundações este verão.

Doadores prometem mais de 9.000 milhões de dólares ao Paquistão
Notícias ao Minuto

18:13 - 09/01/23 por Lusa

Mundo Paquistão

As inundações, que o secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou como um "desastre climático de escala monumental", mataram mais de 1.700 pessoas, causaram oito milhões de deslocados, destruíram mais de dois milhões de casas e cobriram até um terço do país.

Numa pausa a meio da conferência, a ministra paquistanesa da Informação, Marriyum Aurangzeb, escreveu nas redes sociais que tinham sido oferecidos 8,57 mil milhões de dólares até aquele momento (cerca de oito mil milhões de euros) --- excedendo o objetivo inicial e perfazendo mais de metade da verba necessária, de cerca de 16,3 mil milhões de dólares (cerca de 15,15 mil milhões de euros) segundo estimativas do governo???????, para reconstruir o país.

Espera-se que seja disponibilizada pelo próprio governo paquistanês??????? a outra metade do valor necessário para reparar os danos causados no país, onde há zonas que permanecem inundadas e milhões de pessoas a viver perto de águas contaminadas ou estagnadas, segundo a ONU.

Marriyum Aurangzeb enumerou os principais doadores, como o Banco Islâmico de Desenvolvimento com 4,2 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros), o Banco Mundial com dois mil milhões de dólares (1,86 mil milhões de euros), o Banco Asiático de Desenvolvimento com 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros).

A União Europeia prometeu 93 milhões de dólares (86,5 milhões de euros), a Alemanha 88 milhões de dólares, a China 100 milhões e o Japão 77 milhões, segundo a ministra, e os Estados Unidos anunciaram mais 100 milhões de dólares para juntar a um montante idêntico com que já antes se tinham comprometido.

A contagem provisória de Aurangzeb não incluía, por exemplo, uma promessa de mil milhões de dólares da Arábia Saudita e as de países como os nórdicos e outros que continuaram a anunciar os seus compromissos na conferência que se prolongou ao longo da tarde de hoje.

O primeiro-ministro paquistanês, Shahbaz Sharif, e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, estiveram presentes em Genebra na conferência, e outros líderes mundiais, como o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan,??????? participaram virtualmente.

A conferência é vista como um teste à vontade dos países mais ricos em ajudar os países em desenvolvimento afetados por catástrofes climáticas, um compromisso recentemente feito na COP27, a conferência da ONU sobre alterações climáticas, que decorreu em novembro passado no Egito.

"Temos de ser honestos sobre a brutal injustiça das perdas e dos danos sofridos pelos países em desenvolvimento por causa das alterações climáticas", disse Guterres na abertura da reunião.

"Se houver alguma dúvida sobre perdas e danos, vão ao Paquistão. Há perdas, há danos. A devastação das alterações climáticas é real", sublinhou.

Guterres disse que as pessoas no sul da Ásia têm 15 vezes mais probabilidades de morrer devido aos impactos climáticos do que noutros países, e que "nenhum país merece suportar o que aconteceu ao Paquistão".

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