O Palácio do Planalto divulgou, esta segunda-feira, a primeira versão de uma lista com as obras de arte que ficaram danificadas no ataque levado a cabo por apoiantes do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
De acordo com o inventário feito, entre as obras destruídas está um quadro de Di Cavalcanti. O quadro 'As mulatas' estava exposto no Salão Nobre e segundo a nota, citada pela Globo, tem sete rasgões de diferentes tamanhos.
Apesar de a obra estar avaliada em 8 milhões de reais, cerca de 141 mil euros, a publicação conta que pode atingir cinco vezes este valor. Dada sua importância, 'As mulatas' podem ser avaliadas em até 40 milhões de reais (705 mil euros).
Estão na lista também a escultura 'O Flautista', do artista Bruno Jorge, avaliada em 250 mil reais (44 mil euros); e outra, na parede, em madeira, do pintor e escultor Frans Krajcberg, estimada em 300 mil reais (52 mil euros).
O relógio de Balthazar Martinot — um relógio de pêndulo do Século XVII, presente da corte francesa a Dom João VI - foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor da peça ainda não foi divulgado. Segundo o governo, a recuperação do objeto é "muito difícil".
A mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck — exposta num dos salões do Palácio do Planalto - foi usada para formar uma barricada pelos terroristas. A avaliação do estado da peça ainda será feita pelos especialistas.
De acordo com o governo brasileiro, ainda não foi feito um levantamento "minucioso" das peças destruídas, mas a avaliação preliminar constatou que pinturas, esculturas e mobílias ficaram danificadas.
"Os terroristas que invadiram o Palácio do Planalto no domingo vandalizaram e destruíram parte importante do acervo artístico e arquitetónico ali reunido e que representa um capítulo importante da história nacional", refere, na nota.
“As mulatas”, de Di Cavalcanti. 7 rasgos. pic.twitter.com/1HMMbcF9JB
— Daniel Adjuto (@DanAdjuto) January 9, 2023
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