Igreja Católica mexicana apela ao fim da violência no país
A Igreja Católica mexicana apelou hoje ao fim da violência no país e pediu ao Governo que reveja a sua estratégia de segurança e de controlo da criminalidade, após os violentos acontecimentos nos primeiros dias do ano.
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Mundo México
"Chega de tanta violência que continua a manchar a história do nosso amado país com sangue", salientou a Arquidiocese mexicana no seu editorial dominical.
A estrutura de cúpula da Igreja no México enumerou os acontecimentos "de enorme violência" que marcaram o início de 2023, como o motim numa prisão que resultou em 20 mortos e 30 reclusos em fuga e a detenção na quinta-feira de Ovídio Guzmán, filho do traficante "El Chapo" (Joaquín Guzmán).
"Os dois acontecimentos mostraram-nos um evidente controlo exercido pelo crime nas prisões, como ficou evidente em Ciudad Juárez, e o domínio de territórios inteiros nas mãos do crime organizado, como vimos em Sinaloa", sublinhou.
Pelo menos 29 pessoas foram mortas na vaga de violência iniciada no estado Sinaloa (norte) após a detenção de Ovídio Guzmán, que era procurado pelos Estados Unidos.
O ministro da Defesa, Luis Cresencio Sandoval, disse recentemente que, entre os 29 mortos, 10 eram membros das Forças Armadas mexicanas e 19 pertenciam a grupos criminosos na origem dos violentos distúrbios.
A Arquidiocese salientou ainda que o Estado mexicano tem capacidade para controlar a criminalidade e que, quando a "lei é aplicada para que não haja impunidade, a insegurança, a violência e a decomposição social podem ser impedidas de crescer".
Por último, pediu também aos grupos criminosos que reconsiderassem a dor e o sofrimento que causam à sociedade.
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