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Podolyak atira farpas a Guterres por não "punir" a Rússia

Segundo o responsável, o conflito na Ucrânia persiste porque, entre outras razões, o secretário-geral da ONU decidiu dissolver a missão que investigava o assassinato dos prisioneiros de Olenivka.

Podolyak atira farpas a Guterres por não "punir" a Rússia
Notícias ao Minuto

11:19 - 08/01/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, atirou, este domingo, farpas ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, por não “punir” a Rússia pelas ações na guerra da Ucrânia, apesar de o país ser membro do Conselho de Segurança daquele organismo.

Propondo-se a esclarecer as “razões pelas quais a guerra continua”, Podolyak apontou, em primeiro lugar, o facto de Guterres ter dispensado “a missão que investigava o assassinato dos prisioneiros de Olenivka”, controlada por separatistas pró-russos, a 29 de julho.

Nessa linha, o responsável apontou que “a Federação Russa... não dá à missão da ONU garantias de segurança e acesso ao local”, denunciando ainda que “Guterres não se oferece para punir a Federação Russa”, apesar de o país ser membro do Conselho de Segurança da ONU, agindo, por isso, “como se nada tivesse acontecido”.

De notar que, a 5 de janeiro, o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse que Guterres decidiu dispensar a equipa de investigação ao ataque por falta das “devidas garantias de segurança”, esperando, contudo, “que no futuro existam as condições adequadas”.

Recorde-se ainda que a Rússia alegou que os militares ucranianos utilizaram lança 'rockets' fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a prisão em Olenivka, uma localidade controlada pela República Popular de Donetsk, apoiada por Moscovo, a 29 de julho. As autoridades separatistas e russas disseram ainda que o ataque matou 53 prisioneiros de guerra ucranianos e feriu outros 75.

Contudo, as forças de Kyiv negaram ser responsáveis pelo ataque, revelando, em agosto, ter evidências de que os separatistas locais apoiados pelo Kremlin conspiraram com o FSB russo, a principal agência sucessora da KGB, e o grupo mercenário russo Wagner, para minar o quartel antes de "usar uma substância inflamável, o que levou à rápida propagação do fogo".

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.919 civis desde o início da guerra e 11.075 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: ONU encerra investigação a homicídios em prisão da Ucrânia

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