Milhares protestam contra a reforma judicial do novo Governo israelita
Milhares de pessoas protestaram este sábado em Telavive contra a reforma judicial proposta pelo novo Governo israelita, presidido por Benjamin Netanyahu, alegando que o plano constitui um "perigoso golpe" na separação de poderes no país.
© Reuters
Mundo Israel
Entre 8.000 e 10.000 pessoas reuniram-se numa praça central em Telavive, a principal cidade de Israel, para se oporem ao projeto anunciado esta semana pelo ministro da Justiça, Yariv Levin, avançou a agência Efe.
A reforma proposta pelo executivo de Netanyahu inclui uma medida que permitiria a uma maioria simples de deputados anular uma deliberação do Supremo Tribunal a revogar uma lei ou uma decisão do Governo, conhecida como "cláusula de anulação".
Segundo os críticos da reforma, esta medida enfraqueceria a independência judicial e abriria caminho para que o Governo prevalecesse sobre o poder judicial em caso de conflito entre as duas partes.
"Não permitiremos que o nosso país seja destruído. Continuaremos a lutar pela nossa democracia", salientou Merav Michaeli, líder do Partido Trabalhista, que se juntou à manifestação.
A reforma judicial apresentada recentemente já foi alvo de fortes críticas da procuradora-geral de Israel e da oposição do país, que alertou para as dificuldades que o novo Governo de extrema-direita enfrentará se avançar com as medidas previstas.
Netanyahu, o político mais antigo como primeiro-ministro (1996-1999 e 2009-2021) desde a fundação do Estado de Israel em 1948, passou um ano e meio na oposição, mas regressou ao poder depois de obter uma maioria confortável com os seus aliados nas eleições de 1 de novembro de 2022.
Na sequência destas eleições, Benjamin Netanyahu tomou posse em 30 de dezembro como chefe do Governo mais à direita da história de Israel.
Leia Também: Novo Governo israelita aprova novas penalizações a palestinianos
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com