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Ataque em Makiivka. Rússia culpa uso de telemóveis por parte dos soldados

"Esse fator permitiu ao inimigo localizar e determinar as coordenadas da localização dos soldados", explicou o Ministério da Defesa da Rússia.

Ataque em Makiivka. Rússia culpa uso de telemóveis por parte dos soldados
Notícias ao Minuto

08:57 - 04/01/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

O Ministério da Defesa russo atribuiu, esta quarta-feira, a responsabilidade pelo ataque mortal ucraniano sobre a cidade ocupada de Makiivka à utilização ilegal de telemóveis por parte dos seus soldados, está a reportar a Reuters. Em causa está uma investida que, de acordo com a Rússia, tirou a vida a 89 dos seus militares.

Segundo a fonte citada, que disse ainda ter lançado uma investigação oficial ao sucedido, a principal razão por detrás do ataque foi, claramente, a utilização ilegal "massiva" de telemóveis por parte dos militares do país.

"Esse fator permitiu ao inimigo localizar e determinar as coordenadas da localização dos soldados, para levar a cabo um ataque com mísseis", referiu o Ministério, numa declaração emitida esta noite (pelas 22h de Portugal Continental).

Porém, a propósito deste tema, Semyon Pegov, um influente correspondente de guerra russo galardoado com a Ordem da Coragem pelo próprio presidente, Vladimir Putin, questionou o raciocínio apresentado pelo Ministério.

Numa publicação na rede social Telegram, defendeu que a Ucrânia tira sido perfeitamente capaz de localizar as tropas russas com o recurso a drones e a sistemas de inteligência, e não necessariamente através de telemóveis.

"A história dos 'telemóveis' não é muito convincente", considerou Semyon Pegov, que acrescentou: "Raramente digo isto - mas este é o caso em que, provavelmente, seria melhor permanecer em silêncio, pelo menos até ao fim da investigação. Como tal, parece uma tentativa direta de atribuir a culpa".

Na perspetiva deste correspondente, é também de esperar que o número de baixas confirmadas após esta investida ucraniana sobre Makiivka venha a aumentar. "Infelizmente, o número vai continuar a crescer. Os dados anunciados são apenas os mais prováveis para os óbitos imediatamente identificados. A lista de desaparecidos, infelizmente, é visivelmente mais longa. Não posso revelar as fontes, mas considero-as fiáveis", esclareceu.

Inicialmente, Moscovo tinha disse que 63 soldados russos tinham perdido a vida no decorrer desses bombardeamentos do fim de semana. A mesma fonte explicou ainda que quatro mísseis ucranianos atingiram um quartel temporário russo localizado num estabelecimento de ensino profissional em Makiivka, que fica no leste da Ucrânia.

Recorde-se que as Forças Armadas da Ucrânia confirmaram, efetivamente, ter lançado um ataque que resultou na perda de equipamento e, possivelmente, de pessoal militar russo nas proximidades de Makiivka. Porém, não forneceu mais detalhes sobre o sucedido.

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, matou já, pelo menos, 6.884 civis, com outros 10.947 a terem ficado feridos, segundo os cálculos mais recentes da ONU (Organização das Nações Unidas).

Leia Também: Rússia avança "sobre cadáveres dos seus próprios soldados" em Bakhmut

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