Confrontos entre manifestantes e polícia decorreram, na segunda-feira, na aldeia alemã de Luetzerath, que vai ser completamente demolida para permitir a expansão de uma mina de carvão, reporta a Associated Press.
Em causa está um plano que está a atrair a resistência de ativistas climáticos - que, aliás, deram início aos protestos de segunda-feira.
Os manifestantes atiraram fogo-de-artifício, garrafas e pedras à polícia, antes da situação acalmar e das forças policiais abandonarem o local, segundo noticiou inicialmente a agência noticiosa alemã dpa.
Os manifestantes tinham anteriormente montado uma barricada em chamas, tendo um deles, inclusive, colado uma das suas mãos à sua estrada de acesso.
A aldeia, recorde-se, vai ser totalmente demolida para permitir a expansão da mina Garzweiler, apesar dos protestos levados a cabo por ambientalistas, que temem que milhões de toneladas adicionais de dióxido de carbono sejam libertadas para a atmosfera.
Os ativistas em causa têm, inclusive, vivido em casas abandonadas por antigos residentes da aldeia.
A partir de 10 de janeiro, as forças policiais têm autorização para obrigar todos aqueles que ainda permaneçam na aldeia a abandonar a mesma. Porém, as autoridades pedem um fim não violento para esta ocupação.
Apesar de os governos federal e regional terem acordado, com a empresa de energia RWE, em antecipar o abandono do uso de carvão na região até 2030, a invasão russa sobre a Ucrânia obrigou a que duas centrais elétricas que deveriam ser, entretanto, inutilizadas, permaneçam em funcionamento até, pelo menos, 2024 - de forma a garantir o fornecimento energético do país.
Veja as imagens do protesto e consequentes confrontos com a polícia na galeria acima.
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