Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
20º
MIN 15º MÁX 21º

Mais de 100 cristãos foram sequestrados, detidos ou mortos em 2022

Mais de 100 religiosos cristãos foram sequestrados, detidos ou mortos em 2022, segundo um relatório divulgado esta sexta-feira com dados da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, que coloca a Nigéria como o país onde foram cometidos mais crimes.

Mais de 100 cristãos foram sequestrados, detidos ou mortos em 2022
Notícias ao Minuto

07:08 - 31/12/22 por Lusa

Mundo Relatório

O número de padres desaparecidos durante o ano é de 12, incluindo quatro na Nigéria, três no México, mortos por membros de cartéis de drogas, e dois na República Democrática do Congo (RDC).

Cinco freiras perderam a vida, duas delas no Sudão do Sul e outras três no Haiti, Moçambique e RDC.

Segundo os dados do relatório 'cristãos oprimidos pela sua fé 2020-2022', citados pela agência Europa Press, 42 padres foram sequestrados em diferentes países, dos quais 36 foram libertados.

Na Nigéria, ocorreram 28 sequestros em 2022, três em dezembro e sete em julho. Três dos sequestrados foram mortos, enquanto o destino de outros dois é desconhecido.

Especificamente, é desconhecido o paradeiro do padre Hans-Joachim Lohre, um missionário alemão e parceiro de um projeto da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, que foi sequestrado no Mali em novembro, enquanto o padre Joel Yougbaré, de Burkina Faso, e o padre John Shekwolo, da Nigéria, sequestrados em 2019, ainda estão desaparecidos.

Por país, segundo o relatório, depois da Nigéria, Camarões é o país com mais sequestros, um total de seis. Além disso, cinco padres foram sequestrados em setembro e libertados cinco semanas depois.

O Haiti tornou-se um dos lugares mais violentos da América Central, onde cinco padres foram sequestrados por criminosos, todos depois libertados, e na Etiópia e nas Filipinas cada um teve um padre sequestrado, todos libertados.

Além disso, a grande maioria das freiras sequestradas em 2022 encontra-se na Nigéria, com sete casos. Uma freira foi sequestrada no Burkina Faso, enquanto outra foi sequestrada nos Camarões, juntamente com os cinco padres. Todas as freiras foram posteriormente libertadas.

O diretor da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre em Itália, Alessandro Monteduro, explicou que as áreas onde os cristãos sofrem mais discriminação e às vezes perseguições são em África, particularmente no Sahel, Chade, Níger, Mali, Burkina Faso e Nigéria, e também no sul da Ásia, na Índia, Paquistão e Mianmar, e na Coreia do Norte e China, onde foram denunciados casos de detenção forçada.

Monteduro acrescentou que em 75% dos 24 países onde há perseguição religiosa, aumentou a opressão contra os cristãos, assim como contra todas as minorias religiosas, como no Burkina Faso.

"As organizações humanitárias já não conseguem chegar a 60% do país porque está sob o controlo de terroristas, e as comunidades cristãs foram obrigadas a deixar os lugares onde viviam ou se mudaram para os países vizinhos", sublinhou.

O diretor da fundação em Itália lembrou que há 400 milhões de cristãos a viver em terras de perseguição e que, entre 2021 e 2022, quase 8.000 cristãos foram mortos por ódio à fé e foram perseguidos.

Por outro lado, pelo menos 32 clérigos foram detidos, alegadamente como forma de intimidação e coação. Recentemente, quatro sacerdotes da Igreja greco-católica ucraniana foram detidos enquanto realizavam atividades pastorais na Rússia, dois deles foram posteriormente libertados e deportados para o território ucraniano, enquanto os outros dois permanecem sob custódia e podem responder por terrorismo.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre lançou ainda um apelo a todos os países envolvidos, para que garantam a segurança e a liberdade dos sacerdotes, religiosas e outros agentes pastorais que trabalham ao serviço dos mais necessitados.

Leia Também: Zelensky alerta para ataques no Natal: "Eles desprezam valores cristãos"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório