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EUA. 38 anos depois, nota escrita à mão ajudou a resolver desaparecimento
O desaparecimento de Maryann Bagenstose, em junho de 1984, foi resolvido este mês, culminando com a detenção do seu ex-marido, graças a uma nota escrita à mão.
© iStock
Mundo Desaparecimento
As autoridades do estado norte-americano da Pensilvânia detiveram Jere Bagenstose pelo homicídio da sua ex-mulher, Maryann Bagenstose, que desapareceu... em 1984.
A 5 de junho desse longínquo ano, Maryann - na altura com 25 anos de idade - foi vista pela última vez em casa, pelo ex-marido, antes de, alegadamente, ter ido às compras.
Dois dias depois do seu desaparecimento, a sua mãe reportou o caso às autoridades, que, ao visitar a casa da mulher desaparecida, em Pequea, onde se encontrava o seu ex-marido, encontraram uma nota escrita à mão por Maryann que, alegadamente, teria deixado a casa para ir a uma loja de conveniência.
Os investigadores revistaram a casa a 13 de junho desse mesmo ano e encontraram o bilhete “desintegrado num barril de madeira” na sala de estar, que dizia: "Tive que fazer um recado rápido, já volto."
Na altura, os mesmos investigadores registaram que Jere Bagenstose deu testemunhos inconsistentes sobre o que a nota dizia, bem como sobre um buraco encontrado na garagem da casa, o que estava a fazer naquele dia e o que ela estava a fazer antes de desaparecer.
A investigação acabou por 'arrefecer'... até 2018, ano em que a Polícia do Estado da Pensilvânia reabriu o caso e começou a investigar a nota. "Os investigadores pesquisaram bancos de dados online para obter registos públicos e outros documentos contendo a escrita do réu”, revelam as autoridades em comunicado, culminando as investigações com um novo mandado de busca na casa de Jere Bagenstose em setembro de 2022.
Foi então que a polícia recolheu itens contendo a escrita à mão do ex-marido da mulher desaparecida, submetendo-os para análise forense no Departamento de Serviços Forenses da Polícia do Estado da Pensilvânia, Laboratório Regional de Harrisburg. Aí, concluiu-se que foi o próprio Jere Bagenstose que escreveu a nota que, em 1984, se achava que tinha sido escrita pela sua mulher desaparecida.
O homem acabou, então, detido e acusado de homicídio a 22 de dezembro pela morte de Maryann Bagenstose, apesar de o corpo da mulher nunca ter sido encontrado. “Uma detenção neste caso de 38 anos certamente era esperada há muito tempo”, disse a promotora distrital do condado de Lancaster, Heather Adams. “Este não é um caso resolvido com ADN. Em vez disso, a detenção de Jere Bagenstose é o resultado de décadas de trabalho árduo e dedicação das autoridades”, concluiu.
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