Governo peruano anuncia compensações a famílias das vítimas nos protestos

O ministro da Justiça e Direitos Humanos do Peru, José Tello, anunciou hoje a criação de uma comissão multissetorial para analisar compensações aos familiares das vítimas mortais dos protestos antigovernamentais em várias partes do país.

Governo peruano anuncia compensações às famílias das vítimas mortais nos protestos

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Lusa
24/12/2022 19:49 ‧ 24/12/2022 por Lusa

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Peru

"Desde a justiça aos direitos humanos vamos cumprir o despacho da nossa Presidente da República e do nosso primeiro-ministro, para constituir uma comissão multissetorial para analisar o tema das compensações ou do apoio solidário que vamos dar aos familiares das pessoas que perderam a vida", disse Tello à estação de rádio RPP.

Desde 11 de dezembro que se intensificaram os protestos contra a Presidente, Dina Boluarte, que também pediam a libertação do ex-Presidente Pedro Castillo, o encerramento do Congresso e a convocação de uma assembleia constituinte.

Morreram 27 pessoas, cinco das quais menores de idade, nas manifestações e tumultos ocorridos principalmente no sul do país, em Ayacucho, Apurímac, Cuzco e Arequipa.

O ministro peruano precisou que as compensações às famílias dos mortos serão tratadas na terça-feira, dia 27, e que a comissão irá incluir representantes dos ministérios da Educação, Agricultura, Saúde, Desenvolvimento e Inclusão Social e da Presidência do Conselho de Ministros.

Também a sociedade civil estará representada.

O Peru atravessa uma crise política e social devido às manifestações que abalam o país desde a destituição do ex-Presidente Pedro Castillo, em 07 de dezembro, que quis dissolver o parlamento para convocar uma assembleia constituinte, criar um governo de emergência e governar por decreto, o que foi interpretado como uma tentativa de golpe de Estado.

Após a detenção de Castillo, que ficará em prisão preventiva 18 meses, o poder passou para a vice-presidente, Dina Boluarte, mas os protestos e manifestações continuaram, fazendo 26 mortos, o que levou o novo Governo a decretar o estado de emergência a nível nacional.

Os distúrbios no país obrigaram ao encerramento dos aeroportos, deixando milhares de turistas retidos no Peru, incluindo portugueses.

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