Meteorologia

  • 10 OCTOBER 2024
Tempo
21º
MIN 14º MÁX 22º

Ucrânia. Ocidente criticado por "tentar mudar realidade que não controla"

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), que tem acompanhado o conflito na Ucrânia, criticou os aliados ocidentais por acreditarem numa solução negociada, em vez de prevenirem futuros ataques da Rússia.

Ucrânia. Ocidente criticado por "tentar mudar realidade que não controla"
Notícias ao Minuto

15:59 - 21/12/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"O Ocidente deveria deixar de gastar recursos para tentar mudar uma realidade que não controla e concentrar-se naquilo que pode moldar em abundância: negar a capacidade da Rússia de travar uma guerra contra a Ucrânia", escreveram os analistas do ISW.

Para o instituto norte-americano, os Estados Unidos devem "reconhecer que a intenção do Kremlin [Presidência russa] em relação à Ucrânia é maximalista, inflexível e não mudará num futuro previsível".

Os analistas do ISW consideraram que "negociações, cessar-fogos, e acordos de paz" não são meios para travar o conflito, mas sim para que Moscovo "renove o seu ataque à Ucrânia no futuro, em condições que beneficiem a Rússia".

"São meios para os mesmos fins - controlo total da Ucrânia e erradicação do Estado e da identidade da Ucrânia", afirmaram num relatório divulgado nas últimas horas.

O ISW defendeu que o interesse dos Estados Unidos em prevenir futuros ataques russos à Ucrânia pode ser mais eficaz "negando à Rússia a capacidade de levar a cabo esses ataques".

"A exigência imediata é preservar a dinâmica da Ucrânia no campo de batalha - contando com uma possível nova ofensiva da Rússia este inverno - para assegurar que a Ucrânia assegure a posição mais vantajosa possível", disse o ISW, organismo presidido pelo general norte-americano na reserva John M. Keane e com sede em Washington.

O instituto norte-americano considerou que para evitar ataques futuros, o Ocidente deve também negar à Rússia a possibilidade de manter uma base militar na Ucrânia.

O Ocidente deve igualmente resistir a acordos de uma alegada "paz" que Moscovo "utilizará para ganhar tempo e reconstituir as suas forças".

O ISW defendeu ainda que o complexo industrial de defesa da Rússia não deve ter acesso aos mercados ocidentais e que os aliados se devem comprometer "a construir as capacidades defensivas da Ucrânia a longo prazo".

A avaliação do ISW foi divulgada poucas horas antes de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ser recebido na Casa Branca pelo seu homólogo norte-americano, Joe Biden.

Trata-se da primeira viagem oficial de Zelensky ao estrangeiro desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano.

Biden vai anunciar uma "ajuda significativa" dos Estados Unidos à Ucrânia para permitir ao país europeu "defender-se contra a agressão russa", disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

Fontes da administração norte-americana citadas pelas agências internacionais disseram que essa ajuda incluirá uma bateria de mísseis Patriot, um equipamento avançado de defesa aérea.

Leia Também: "Muito significativa". Para Podolyak, ida de Zelensky a EUA é "simbólica"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório