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Itália. Criança morre após barco com migrantes naufragar em Lampedusa

A Guarda Costeira italiana resgatou, este domingo, 43 migrantes, após o naufrágio do navio em que tentavam cruzar o Mediterrâneo, mas não conseguiu salvar a vida de uma menina de dois anos que viajava com a mãe no barco.

Itália. Criança morre após barco com migrantes naufragar em Lampedusa
Notícias ao Minuto

00:03 - 19/12/22 por Lusa

Mundo Itália

As autoridades não especificaram se os sobreviventes foram localizados na água ou se o barco virou após ser avistado por equipas de emergência, que constataram que o navio tinha saído da Tunísia na noite anterior e dirigia-se para a ilha italiana.

Cada um dos passageiros, na sua maioria provenientes da Costa do Marfim, Guiné e Camarões, pagou 2.500 dinares (cerca de 800 euros) para fazer a viagem, informou a imprensa local.

Entre os passageiros, uma menina de dois anos morreu no ambulatório de Lampedusa por estar em estado grave e os médicos não já não conseguiram reanimá-la.

Vários pacientes com queimaduras de combustível e outros com síndrome de afogamento estão internados naquele centro médico.

Neste mesmo domingo, as autoridades italianas permitiram o desembarque de outro navio, o alemão Sea Eye 4, que viaja com 63 migrantes resgatados, no porto de Livorno (Toscana), depois de uma semana a navegar pelo Mediterrâneo.

Segundo os meios de comunicação, o Governo teria autorizado este desembarque porque o navio o solicitou logo após o primeiro resgate, o que cumpriria um novo protocolo que tentará estabelecer através de um decreto para regular a chegada de migrantes salvos por ONGs a seus custos.

Estes são os primeiros resgates após o confronto que o governo italiano teve com algumas ONGs no início de novembro ao impedir por dias o desembarque das pessoas que tinha resgatado ao aplicar sua nova política anti-imigração de deixar apenas migrantes vulneráveis.

Uma norma, elaborada pelo vice-presidente e ministro da Infraestrutura, Matteo Salvini, promotor da política italiana de "portos fechados" às ONGs humanitárias, permitia, a princípio, a entrada apenas de imigrantes que, após avaliação médica, comprovassem estar em situação de vulnerabilidade.

Este sábado, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, marcou a gestão das migrações pelo Mediterrâneo como o seu primeiro desafio durante o décimo aniversário de fundação do seu partido, Irmãos da Itália.

"Itália e França defendem os seus interesses nacionais, mas ambos sabemos que uma solução comum deve ser encontrada", disse, depois de garantir que não tem objeções a se reunir com o presidente francês, Emmanuel Macron, para tratar do assunto.

Leia Também: Itália permite desembarque de navio humanitário com 63 pessoas a bordo

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