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Confrontos. Índia acusa China de querer "alterar status quo" na fronteira

A Índia acusou hoje a China de tentar "alterar unilateralmente o 'status quo'" na disputada fronteira com os Himalaias, após os confrontos da semana passada que provocaram vários feridos nos dois lados, indicaram fontes oficiais em Nova Deli.

Confrontos. Índia acusa China de querer "alterar status quo" na fronteira
Notícias ao Minuto

15:20 - 13/12/22 por Lusa

Mundo Índia/China

O ministro da Defesa da Índia, Rajnath Singh, confirmou hoje que as tropas indianas e chinesas se envolveram num confronto a 09 deste mês no estado de Arunachal Pradesh, no nordeste da Índia.

Segundo um comunicado do Exército da Índia, a "intrusão" chinesa no setor de Tawang teve uma resposta "determinada" das tropas indianas, o que provocou confrontos que deixaram "alguns ferimentos leves em soldados dos dois exércitos".

Ambas as partes "retiraram-se imediatamente da zona" e realizaram uma reunião para "discutir o ocorrido, de acordo com os mecanismos de restabelecimento da paz e tranquilidade", acrescentou a fonte indiana.

Os dois países mantêm uma disputa histórica por várias regiões dos Himalaias, com Pequim a reivindicar Arunachal Pradesh, controlada por Nova Deli, que, por sua vez, reivindica Aksai Chin, que é administrada pelo país vizinho.

A fronteira entre os dois países, parte da qual se encontra a mais de 4.000 metros acima do nível do mar e nunca foi traçada com precisão, foi alvo de uma guerra em 1962.

As relações entre a Índia e a China, duas potências nucleares, estão no nível mais baixo desde os confrontos no vale de Galwan, no oeste dos Himalaias, em junho de 2020, em que morreram 20 soldados indianos e pelo menos quatro chineses.

Também hoje, porém, Pequim garantiu que a situação na fronteira com a Índia "geralmente, estável".

"Ambos os lados tiveram conversas muito serenas sobre esta questão, através de canais diplomáticos e militares. Esperamos que a Índia possa comprometer-se, juntamente com a China, a implementar conscientemente o consenso alcançado anteriormente pelos líderes de ambos os países", acrescentou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, numa conferência de imprensa.

Segundo o porta-voz chinês, é a Índia que tem que "aderir ao espírito dos acordos assinados" pelas duas partes e "salvaguardar a relação bilateral".

Os confrontos, relatados segunda-feira pela Índia, ocorreram após os recentes exercícios militares conduzidos conjuntamente pelos Estados Unidos e pela Índia perto da fronteira.

Leia Também: China. Situação na fronteira com a Índia é "estável" após confrontos

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