A morte de dois polícias e de um civil tinha sido relatada num primeiro momento, depois de quatro polícias se terem deslocado a uma propriedade rural em Wieambilla, na região de Western Downs, cerca de 270 quilómetros a oeste de Brisbane, para investigarem uma queixa pelo desaparecimento de uma pessoa.
"A resposta operacional ao incidente em Wieambilla foi concluída ontem à noite [segunda-feira]. Apesar dos esforços da polícia, o assunto não pôde ser resolvido pacificamente e os três criminosos foram mortos a tiros por agentes especializados", explicou a comissária da polícia de Wieambilla, Queensland, Katarina Carrol.
"No total, seis pessoas perderam a vida", acrescentou Carroll numa conferência de imprensa transmitida pela estação pública australiana ABC.
Entre os mortos estão os polícias Matthew Arnold, de 26 anos, e Rachel McCrow, de 29 anos, além de um vizinho daquela propriedade, de 58 anos, que não foi identificado.
Os três atacantes, dois homens e uma mulher, que tinham "armas consideráveis", também morreram neste incidente, acrescentou a comissária.
Um outro polícia ficou ferido, enquanto um quarto elemento escapou ileso e um outro civil conseguiu fugir do local com vida.
"O fato de os outros dois [envolvidos] terem sobrevivido é um milagre", acrescentou Carroll, sublinhando que as autoridades levarão "vários dias, senão semanas, para desvendar todos os aspetos" da ocorrência.
Por outro lado, o presidente do Sindicato da Polícia de Queensland, Ian Leavers, qualificou o homicídio dos dois agentes como uma "execução" implacável e "a sangue frio", segundo declarações recolhidas hoje pela ABC.
"Assim que entraram na propriedade, foram inundados com tiros e nunca tiveram hipóteses [de se defenderem]", sublinhou Leavers, considerando que "o trio implacável e assassino não demonstrou nenhum tipo de compaixão".
Os quatro policiais de Queensland foram à propriedade de Wieambilla na tarde de segunda-feira a pedido da polícia do Estado vizinho de Nova Gales do Sul, para verificar o paradeiro de uma pessoa desaparecida.
"Segundo as informações, essa pessoa estava desaparecida há cerca de 12 meses, mas o contacto foi mantido com ela. No entanto, esse contacto foi perdido nos últimos dias e eles [Polícia de New South Wales] só queriam verificar o desaparecimento dessa pessoa", detalhou ainda a comissária da polícia.
