Exército maliano e grupo Wagner acusados de homicídio e tortura no Mali

O grupo rebelde tuaregue Coordenação dos Movimentos de Azawad (CMA) acusou o Exército maliano e os mercenários do grupo russo Wagner de perpetrarem assassínios, atos de tortura e pilhagens no norte do Mali.

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Lusa
09/12/2022 15:21 ‧ 09/12/2022 por Lusa

Mundo

Mali

O grupo rebelde denunciou, num comunicado, o ressurgimento de atos de tortura, assassínios, raptos e roubo de bens de populações inocentes, atribuídos ao Exército maliano e às milícias Wagner em "todo o território dos Azawad".

A CMA, signatária em 2015 de um acordo de paz com o Governo e os grupos armados pró-Bamaco, é o maior coletivo político e militar dos separatistas tuaregue, que exerce poder sobre grandes partes do norte e leste do Mali após ter tomado o controlo do Governo maliano em 2012.

O comunicado do coletivo cita, como exemplo das violações, um incidente que teve lugar no dia 06 deste mês, em Kita, na região central de Mopti, quando soldados malianos e milicianos Wagner atacaram um mercado popular "causando mortes, feridos e raptos".

"A CMA condena, sem reservas, estas repetidas violações dos direitos humanos, independentemente do autor e do motivo" e "exige a libertação dos detidos, a cessação imediata destas atrocidades e a acusação dos autores destes assassínios", lê-se na nota.

Os rebeldes lançaram igualmente um apelo "urgente" às organizações humanitárias para que intervenham em nome das populações deslocadas, a fim de "atenuar os efeitos da catástrofe humanitária em curso".

Apesar da assinatura do acordo de paz em 2015 e da presença de militares franceses, internacionais e regionais, o Mali está confrontado com conflitos armados, de natureza intercomunitária ou com justificações alegadamente religiosas.

A violência espalhou-se ao longo do norte e centro do país, bem como aos países vizinhos do Burkina Faso e Níger.

Leia Também: Libertado trabalhador alemão raptado na fronteira entre o Níger e Mali

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