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Hungria envia centrais de dessalinização para Cabo Verde

A Hungria vai enviar para Cabo Verde esta sexta-feira os primeiros equipamentos de dessalinização para instalar na ilha de Santiago, que permitirão produzir 1.100 metros cúbicos de água potável por dia, foi hoje anunciado.

Hungria envia centrais de dessalinização para Cabo Verde
Notícias ao Minuto

15:40 - 08/12/22 por Lusa

Mundo Cabo Verde

"Seguem amanhã [sexta-feira] para Cabo Verde os primeiros equipamentos de dessalinização e plantas solares para serem instalados em achada Baleia e Baía", explicou fonte oficial do Ministério da Agricultura e Ambiente cabo-verdiano.

No âmbito do projeto de mobilização de água para agricultura, financiado pela Hungria, "para reforçar a cooperação técnica", encontra-se naquele país europeu uma equipa pluridisciplinar cabo-verdiana constituída por elementos das empresas estatais Água de Rega (AdR) e Electra, de produção e distribuição de água e eletricidade.

"O objetivo da missão é de verificar e validar os equipamentos que serão encaminhados para Cabo Verde, preparar os projetos de engenharia civil, hidráulica e hidroagrícola. Ainda no âmbito desta missão tiveram encontros com parceiros estratégicos, acompanhados da VTK, a agência empreiteira da parte da Hungria", esclareceu a mesma fonte.

A Hungria vai fornecer a Cabo Verde duas centrais de dessalinização ao abrigo da linha de financiamento para mobilização água ao setor agrícola cabo-verdiano, anunciou em 26 de outubro, no parlamento, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

"Para ainda este ano está previsto o embarque para Cabo Verde de duas dessalinizadoras, enquadradas na linha de crédito da Hungria, de 35 milhões de euros, como é sabido, seguindo-se os restantes investimentos", afirmou o chefe do Governo.

Em causa está uma linha de crédito de 35 milhões de euros do Eximbank Hungary, banco estatal húngaro que fomenta as exportações e importações do país europeu, que visa mobilizar água para o setor agrícola cabo-verdiano, envolvendo empreitadas em condutas adutoras, numa primeira fase, e depois na modernização das maiores estações de tratamento de água do arquipélago - entre outros investimentos -, num contexto de períodos de secas cíclicas que Cabo Verde tem enfrentado, como nos últimos quatro anos.

"Este ano, graças a Deus, choveu. As perspetivas são de um ano agrícola entre o razoável e o bom, quer na produção de grãos, pasto e recarga de água. É sempre um sinal de esperança acrescido. Em contexto de crises graves, não nos limitamos a gerir emergências e contingências", disse.

"Investimos e vamos continuar a investir na resiliência, com particular incidência nas zonas rurais. Resiliência e sustentabilidade assente em transição da agricultura e pecuária tradicional de subsistência para mais produtividade, mais rendimento e maior orientação para o mercado", defendeu o chefe do Governo, no cargo desde 2016.

De acordo com Ulisses Correia e Silva, entre outros investimentos, o projeto da Bacia Hidrográfica de São João Batista, em Ribeira Grande de Santiago, de 15 milhões dólares, "está em fase de preparação do concurso" e na estratégia de água, os incentivos fiscais e financeiros para massificação da água gota a gota são para continuar.

"Os resultados registados são bons. A taxa de penetração de ligação através do sistema de rega gota a gota aumentou 27% em 2015 para 44% em 2022, e é para continuar a crescer", justificou, garantindo igualmente que um novo pacote de investimento público em acessibilidades será lançado em 2023.

"Várias localidades foram desencravadas com impacto positivo na atividade agrícola, turística, no acesso a mercados e mobilidade de pessoas. Várias obras estão em execução", disse ainda.

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