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Quase 200 lideres sociais assassinados na Colômbia este ano

O Provedor de Justiça da Colômbia reportou hoje 199 assassinatos de lideres sociais desde janeiro até 30 de novembro deste ano, "o número mais alto" desde 2016, quando esta instituição estatal começou a fazer registos.

Quase 200 lideres sociais assassinados na Colômbia este ano
Notícias ao Minuto

15:25 - 08/12/22 por Lusa

Mundo Provedor de Justiça

O número ultrapassa inclusive os números de todo o ano de 2021, quando 145 defensores dos direitos humanos foram mortos, e os de anos anteriores, incluindo 2020, o ano mais mortal para lideres com 182 assassinatos.

Segundo o Provedor de Justiça, Carlos Camargo, este aumento deve-se a uma "equação" que mistura "aumento dos assassinatos de líderes sociais, aumento de hectares plantados com culturas ilícitas, bem como o controlo e exploração dos grupos armados ilegais de diferentes rotas do narcotráfico".

Isso significa que o aumento dos hectares de cocaína, que segundo as Nações Unidas atingiram também recordes históricos no ano passado, passando de 143 mil hectares em 2020 para 204 mil em 2021, causou o domínio de ambas as culturas, bem como de corredores de narcotráfico, o que resultou no assassinato daqueles que defenderam o seu território e se opuseram a essas dinâmicas.

Líderes comunitários têm sido as maiores vítimas de homicídio, com 62 casos, seguidos pelos indígenas (44), comunidade que este ano foi especialmente alvo da violência de grupos armados por os seus abrigos estarem localizados em corredores e territórios de disputa dos grupos.

O defensor, órgão do Estado que monitoriza este tipo de casos, também garantiu hoje que desde 7 de agosto, quando Gustavo Petro assumiu a presidência da Colômbia, foram registados 66 assassinatos.

Ou seja, nos últimos quatro meses, tivera lugar um terço dos assassinatos, apesar das promessas e compromissos do novo governo de dialogar e negociar com todos os grupos armados que operam no território e que, até ao momento, só se materializaram na retomada das negociações com os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN).

"Os anúncios de paz total deveriam refletir-se numa diminuição dos assassinatos de líderes sociais, mas isso não está acontecendo", lamentou.

Leia Também: Seis soldados mortos na Colômbia em ataque de dissidentes das FARC

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