O Ministério Público declarou hoje não ter condições para "exigir a condenação" das duas empresas de aviação, julgadas por homicídio culposo.
"[A culpa] parece impossível de provar. Sabemos que essa posição será difícil para as partes civis ouvirem, mas não temos condições de pedir a condenação da Air France e da Airbus", afirmou o Ministério Público na audiência, que hoje teve lugar.
Estas declarações provocaram uma reação irada entre os familiares das vítimas presentes no julgamento, levando as autoridades a estabelecer um cordão policial.
Este processo, que teve início em 10 de outubro último, vai ter a última audiência na quinta-feira, mas a decisão final só está prevista para fevereiro do próximo ano.
A queda do avião, que voava do Rio de Janeiro (Brasil) para Paris (França), causou a morte de 216 passageiros e 12 tripulantes, incluindo um bebé e sete crianças, de 33 nacionalidades diferentes, entre os quais 73 francesas e 58 brasileiros.
A Air France e a Airbus são acusadas de "homicídio culposo" após um longo processo que durou 13 anos, entre inúmeras peritagens e uma decisão da investigação, posteriormente revogada, que considerou as duas empresas inimputáveis.
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