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Mais de 440 civis mortos pelas tropas russas nos primeiros dias de guerra

Entre as vítimas mortais estão pelo menos 28 crianças.

Mais de 440 civis mortos pelas tropas russas nos primeiros dias de guerra
Notícias ao Minuto

21:23 - 07/12/22 por Daniela Carrilho com Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Pelo menos 441 civis, incluindo crianças, foram assassinados pelas forças russas nas primeiras semanas de guerra.

A informação consta de um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

"O número real de vítimas nas regiões de Kyiv, Chernihiv e Sumy provavelmente será muito maior", afirmou o gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, citado pela agência Reuters, num relatório que analisa o período de 24 de fevereiro até ao início de abril, data em que as forças russas se retiraram destas regiões.

"Os atos em questão foram cometidos pelas forças armadas russas no controle dessas regiões e levaram à morte de 441 civis - 341 homens, 72 mulheres, 20 meninos e oito meninas", pode ler-se no relatório.

O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, revela ainda que "há fortes indícios de que as execuções sumárias documentadas constituem crime de guerra".

O mesmo documento, avança a Reuters, denuncia que muitos dos corpos das vítimas mostravam sinais de que as mortes poderão ter sido intencionais.

Apesar de negar repetidamente que a invasão à Ucrânia tenha como alvo civis, as tropas russas têm bombardeado várias zonas residenciais ao longo de quase dez meses de guerra. 

Esta quarta-feira, oito pessoas morreram e cinco ficaram feridas na sequência de um bombardeamento na cidade de Kurakhov, na região ucraniana de Donetsk, que atingiu várias infraestruturas, como um mercado, uma estação de autocarros, postos de gasolina e prédios habitacionais.

Recorde-se que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Ucrânia. Alto-Comissário da ONU pede que sofrimento não seja novo normal

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