Putin refere-se a Pedro, o Grande, e Podolyak atira: "Máscaras caíram"
Podolyak diz que referência de Putin a czar desmascara argumentos usados para justificar guerra na Ucrânia.
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Mundo Guerra na Ucrânia
O principal conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhaylo Podolyak, afirmou, esta quarta-feira, que as "máscaras" da Rússia caíram, numa referência aos argumentos usados por Moscovo para justificar a invasão à Ucrânia.
Este comentário de Podolyak foi feito depois de o presidente da Rússia, Vladmimir Putin, fazer uma referência a Pedro I, apelidado de Pedro, o Grande, czar que criou o Império Russo, num discurso esta quarta-feira.
"As máscaras caíram. Esqueçam as 'provocações da NATO', 'desnazificação' e outros casus belli [ocasiões para a guerra] esquecidos. Putin confirmou o óbvio: A Federação da Rússia está a travar uma guerra de agressão do tipo genocida para conquistar novos territórios, porque Pedro, o Grande, ordenou isso. Alguém mais quer um 'acordo'?", escreveu o conselheiro do presidente da Ucrânia no Twitter.
Masks are off. Forget about "NATO provocations", "denazification" and other forgotten casus belli. Putin confirmed the obvious: RF is waging a genocidal type of aggression war to conquer new territories, because Peter the Great commanded that. Anyone else wants a "settlement"?
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) December 7, 2022
Sublinhe-se que, esta quarta-feira, numa reunião do Conselho para o Desenvolvimento da Sociedade Civil e dos Direitos Humanos, Putin admitiu que a sua denominada "operação militar especial" é um processo "longo", mas que já produziu resultados "significativos", com a conquista de "novos territórios".
"Novos territórios apareceram. Este é um resultado significativo para a Rússia. Estas são questões sérias. Vejam o Mar de Azov, que se tornou Mar interior da Rússia. Isto é muito sério", disse, lembrando depois que, na sua época, também Pedro, o Grande, lutou pelo acesso ao Mar de Azov.
Recorde-se que por várias vezes a ambição e desejo de poder de Putin foram apontados como motivo para a invasão. No passado mês de novembro, por exemplo, numa visita a Portugal, a convite da CNN, o antigo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, revelou que percebeu, numa conversa com o chefe de Estado russo, que a sua motivação par a guerra era "ser o novo Pedro, o Grande".
"Aí percebi que as motivações não eram sobre a Ucrânia. Eram sobre ele e o papel que imagina como homem que vai reconstruir o império soviético, é sobre ser o novo Pedro, o Grande. Invadiu a Ucrânia porque pensava que o faria mais popular, porque estava iludido e porque não tinha ninguém para o confrontar", afirmou Boris Johnson.
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