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Putin acusa ONU, outras organizações e 'media' de preconceito antirrusso

O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou hoje a ONU e outras organizações internacionais, bem como os meios de comunicação ocidentais, de terem uma atitude tendenciosa antirrussa em relação à ofensiva militar na Ucrânia.

Putin acusa ONU, outras organizações e 'media' de preconceito antirrusso
Notícias ao Minuto

16:17 - 07/12/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Só após o início da operação militar especial [como o Kremlin se refere à invasão russa da Ucrânia] é que o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, o Conselho da Europa e outras organizações ditas de direitos humanos de repente 'viram a luz' e descaradamente começaram a demonstrar o seu enviesamento cínico", afirmou Putin.

"Isto significa que estas estruturas não estão em condições de cumprir as suas missões estatutárias", acrescentou o chefe de Estado russo, numa reunião com membros, selecionados, do Conselho de Direitos Humanos ligado ao Kremlin (Presidência russa).

Putin afirmou que as organizações ocidentais de direitos humanos foram criadas "principalmente como um instrumento de influência sobre a política interna da Rússia e de outros países da antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas)".

Acusou ainda os "media estrangeiros" de espalharem "falsidades vis" e "mentiras flagrantes" sobre a ofensiva de Moscovo, denunciando um "racismo aberto" e uma "russofobia agressiva".

Após o lançamento da ofensiva militar na Ucrânia, a Rússia adotou uma série de leis que punem aqueles que considera que "desacreditam" as suas Forças Armadas, acusadas de violações dos direitos humanos e de crimes de guerra.

Vários proeminentes opositores do Kremlin foram detidos sob tais acusações, incluindo Ilya Yashin, para quem o Ministério Público pediu, na terça-feira, uma pena de nove anos de prisão.

Vladimir Putin discursava na reunião anual do Conselho Presidencial para os Direitos Humanos, órgão consultivo do Kremlin formado em 2004.

No passado, esta estrutura incluiu figuras importantes da sociedade civil russa, mas nos últimos tempos muitos dos seus membros mais críticos foram excluídos e os opositores de Putin dizem que este conselho é agora um órgão vazio e sem influência.

Vladimir Putin afastou, em novembro, do Conselho de Direitos Humanos vários ativistas considerados críticos da sua liderança e substitui-os por figuras do seu círculo de confiança.

Na altura, Putin assinou um decreto presidencial em que excluiu deste órgão, entre outros, Igor Kaliapin, ex-chefe do Comité contra a Tortura, uma das mais respeitadas organizações de direitos humanos da Rússia, e o jornalista e historiador Nikolai Svanidze.

Na mesma ocasião, figuras próximas do Kremlin foram incluídas no Conselho, como foi o caso de membros da Frente Popular (liderada por Putin) e do movimento Free Donbass, professores universitários ou o correspondente de guerra do jornal Komsomolskaya Pravda, Alexander Kots, que ganhou popularidade durante a recente retirada russa da região ucraniana de Kherson.

A Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia a 24 de fevereiro que ainda perdura, condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu, com destaque para a UE e os Estados Unidos, com apoio político, militar, humanitário e financeiro a Kiev e a imposição a Moscovo de sanções económicas e políticas sem precedentes.

Leia Também: Putin avisa: Rússia irá defender-se "com todos os meios à sua disposição"

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