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Polícias que defenderam Capitólio dos EUA homenageados pelo Congresso

Os polícias que defenderam o Capitólio dos Estados Unidos em 06 de janeiro de 2021 foram homenageados com medalhas de ouro do Congresso, depois de terem resistido aos apoiantes do então Presidente Donald Trump no ataque mortal.

Polícias que defenderam Capitólio dos EUA homenageados pelo Congresso
Notícias ao Minuto

06:52 - 07/12/22 por Lusa

Mundo Estados Unidos

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, elogiou na terça-feira os "heróis" na abertura da cerimónia na rotunda do Capitólio, que foi invadida naquele dia, quando os manifestantes, incentivados pelo magnata republicano, procuraram impedir a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden nas presidenciais.

Ao conceder a mais alta honra do Congresso, Pelosi elogiou os heróis por "responderem corajosamente à chamada para defender a democracia numa das horas mais sombrias do país".

O Presidente Joe Biden referiu, quando assinou a lei no ano passado, que uma medalha seria colocada no museu Smithsonian "para que todos os visitantes possam entender o que aconteceu naquele dia". Serão também colocadas na sede da Polícia do Capitólio, no Departamento de Polícia Metropolitana e no Capitólio.

A cerimónia ocorre num momento em que os democratas, a apenas algumas semanas de perder a maioria da câmara baixa do Congresso norte-americano, procuram acelerar para concluir a investigação com quase 18 meses sobre a invasão.

De resto, a entrega das medalhas está entre os últimos atos oficiais de Pelosi, democrata que se prepara para deixar a liderança para os republicanos.

Pelosi, o líder republicano da Câmara, Kevin McCarthy, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, compareceram à cerimónia e entregaram medalhas. O chefe da polícia do Capitólio, Thomas Manger, e o chefe do Departamento de Polícia Metropolitana, Robert Contee, também estiveram presentes.

Dezenas de polícias que lutaram contra os manifestantes sofreram ferimentos graves. Enquanto a multidão de apoiantes de Trump passava por estes e entrava no Capitólio, a polícia foi espancada com bandeiras norte-americanas e pelas suas próprias armas, arrastada escada abaixo, borrifada com produtos químicos e pisada e esmagada pela multidão.

Muitos sofreram ferimentos físicos, incluindo lesões cerebrais e outros efeitos a longo prazo, enquanto muitos lutaram para trabalhar depois de terem ficado traumatizados.

Quatro polícias que testemunharam numa audiência na Câmara dos Representantes no ano passado falaram abertamente sobre as cicatrizes mentais e físicas duradouras e algumas experiências detalhadas de quase morte.

Pelo menos nove pessoas que estavam no Capitólio naquele dia morreram durante e após o tumulto, incluindo uma mulher que foi baleada e morta pela polícia ao tentar invadir a sala principal do edifício e três outros apoiantes de Trump sofreram ferimentos.

Dois polícias morreram por suicídio nos dias que se seguiram ao incidente, e um terceiro agente, polícia do Capitólio Brian Sicknick, desmaiou e mais tarde morreu depois de um dos manifestantes o ter atingido com um produto químico. Um médico legista determinou que o polícia morreu de causas naturais.

A Medalha de Ouro do Congresso, a mais alta honra que o Congresso pode conceder, é concedida pelo poder legislativo desde 1776.

Entre os destinatários anteriores incluem-se George Washington, Winston Churchill, Bob Hope e Robert Frost. Nos últimos anos, o Congresso concedeu as medalhas ao ex-jogador do New Orleans Saints Steve Gleason, que se tornou um dos principais defensores das pessoas que lutam contra a doença de Lou Gehrig, e ao motociclista Greg LeMond.

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