"Em cada reunião internacional, em cada contacto com os Estados Unidos, tanto o presidente quanto o chefe do seu gabinete, como eu, levantam a questão dos tanques americanos e do sistema Patriot", disse Kuleba.
Embora destaque a "facilidade" do diálogo, o chefe da diplomacia da Ucrânia disse que o processo para implantar os Patriot decorre à "velocidade de um tanque".
"Gostaria que se movesse à velocidade de um avião, mas (...) vai demorar", salientou Kuleba, que valorizou o papel dos seus parceiros ocidentais, mas sobretudo dos Estados Unidos, em todo este conflito.
Nas últimas semanas, houve especulações sobre o local onde a Alemanha poderia implantar o sistema antimíssil Patriot fabricado nos Estados Unidos.
As autoridades polacas são favor do colocar na fronteira ocidental da Ucrânia, embora na NATO ressaltem que Berlim terá a última palavra.
Por outro lado, Kuleba fez saber que a Ucrânia tomou a decisão de "agir em conformidade" contra Teerão se continuar a fornecer armas a Moscovo.
"Estamos a acompanhar de perto todos os passos do Irão nessa cooperação técnico-militar com a Rússia. Essa cooperação deve terminar imediatamente", enfatizou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano observou que, dependendo da decisão final de Teerão, Kyiv analisará e responderá de acordo o mais rápido possível.
"O nosso sinal foi muito claro. (...) Ou pare ou enfrente as consequências mais severas. (...) não importa quais sejam os benefícios da cooperação com a Rússia. (...) As consequências negativas vão superar as positivas", avisou.
Leia Também: Ucrânia? "Capacidade de sobrevivência dos civis está sob ameaça", diz ONU