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Centro de detenção descoberto em Kherson. Mais de 100 detidos no local

As pessoas que estiveram detidas naquele local foram sujeitas a pressões físicas e psicológicas. Desde a reconquista de Kherson, a 11 de novembro, Kyiv tem denunciado vários "crimes de guerra" e "atrocidades" russas na região.

Centro de detenção descoberto em Kherson. Mais de 100 detidos no local
Notícias ao Minuto

21:36 - 06/12/22 por Daniela Carrilho com Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

A Procuradoria-Geral da Ucrânia encontrou um novo centro de detenção usado pelas tropas russas em Kherson, depois da retirada dos militares de Moscovo da região.

De acordo com as autoridades, citadas pelo jornal The Kyiv Independent, mais de 100 pessoas, que tinham opiniões pró-ucranianas, foram detidas naquelas instalações por soldados russos. Ali foram “sujeitos a pressões físicas e psicológicas”.

Os procuradores ucranianos divulgaram imagens do local:

Recorde-se que, desde a reconquista de Kherson, em 11 de novembro, Kyiv tem denunciado vários "crimes de guerra" e "atrocidades" russas na região.

No final de novembro, a Procuradoria-geral da Justiça da Ucrânia anunciou ter descoberto mais quatro "locais de tortura" usados pelos russos em Kherson.

Um relatório divulgado pelo Observatório de Conflitos dos Estados Unidos referiu que, entre março e outubro, mais de 220 pessoas foram detidas ou desapareceram às mãos das tropas russas na mesma região.

O relatório indicou também que 55 dos detidos ou desaparecidos foram torturados, enquanto cinco morreram durante o cativeiro ou pouco depois da sua libertação. Seis dessas pessoas terão sofrido violência sexual ou de género.

Também o comissário dos direitos humanos do parlamento ucraniano, Dmytro Lubinets, denunciou, aquando da retirada das tropas russas de Kherson, terem sido descobertas várias valas comuns, tendo as investigações demonstrado que as forças russas torturaram prisioneiros ucranianos com recurso, por exemplo, a choques elétricos. Também existem relatos de execuções e de espancamentos com barras de ferro.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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