O norte e o centro da Nigéria são o cenário de atividades de grupos criminosos, conhecidos localmente como "bandidos", por vezes com várias centenas de elementos, que atacam e saqueiam aldeias, matam os seus habitantes ou os raptam para obter um resgate.
Os atacantes, que chegaram numa mota, abriram fogo sobre uma carrinha da polícia estacionada no exterior do mercado na aldeia de Yar Bulutu, no distrito de Sabon Birni, estado de Sokoto.
"Perdemos quatro polícias no ataque dos 'bandidos', eles também mataram a tiro dois civis", disse o porta-voz da polícia estatal de Sokoto, Sanusi Abubakar, citado pela agência France-Presse.
"Lançámos uma caça ao homem para os assaltantes e estamos confiantes de que serão detidos", acrescentou.
A mesma fonte disse que o ataque pode ter sido uma retaliação pelas perdas sofridas pelos "bandidos" na semana passada. Vários deles foram mortos por agentes da polícia durante um ataque a uma aldeia no vizinho distrito de Silman.
Os "bandidos", descritos como "terroristas" pelo governo federal, são movidos pela ganância. Mas os analistas preocupam-se com as ligações crescentes com grupos terroristas do nordeste, que há 13 anos ali praticam uma insurreição.
A insegurança na Nigéria, o país mais populoso de África, é generalizada. Todos os dias, o país é devastado pela violência perpetrada por grupos criminosos e terroristas e as autoridades, acusadas de estarem entre as mais corruptas do mundo, são incapazes de a conter.
O Presidente Muhammadu Buhari está debaixo de fogo após dois mandatos marcados pela crescente insegurança, dois meses e meio antes das eleições presidenciais, às quais não se candidatará, em conformidade com a Constituição.
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