"Terrorismo nuclear". Rússia acusa Ucrânia de ataques em Zaporíjia
A acusação foi feita pelo ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, que afirma que Kyiv está a criar uma ameaça deliberada a uma possível catástrofe militar.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
A Ucrânia continua a bombardear a central nuclear de Zaporíjia. Quem o diz é o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, que refere que as tropas ucranianas estão a criar uma ameaça deliberada de uma catástrofe nuclear.
De acordo com Shoigu, o Exército russo está a tomar "todas as medidas” para garantir a segurança da maior central nuclear da Europa.
O ministro, citado pela agência Reuters, acusou que Kyiv está a cometer "terrorismo nuclear".
"As nossas unidades estão a tomar todas as medidas para garantir a segurança da central nuclear de Zaporíjia. Por sua vez, o regime de Kyiv procura criar a aparência de uma ameaça de catástrofe nuclear, continuando a bombardear deliberadamente o local”, declarou Shoigu.
Em sentido contrário, a Ucrânia nega ter atacado a instalação, que está sob controle de Moscovo desde o início da guerra, acusando que os ataques foram feitos pela Rússia.
O ministro da Defesa afirmou ainda que a Ucrânia disparou 33 mísseis de grande calibre nas últimas duas semanas. Apesar de a maioria ter sido intercetada pela defesa aérea russa, Shoigu revela que "algumas ainda atingiram objetos que afetam a operação segura da central nuclear”.
"Classificamos esses ataques das tropas ucranianas como terrorismo nuclear”, acrescentou.
Recorde-se que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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