Irão. Cinco pessoas condenadas à morte pelo homicídio de um paramilitar
Cinco pessoas foram condenadas à morte e onze a "longas penas de prisão", incluindo três menores de idade, pelo homicídio de um paramilitar durante os protestos no Irão, anunciou hoje o porta-voz do Poder Judiciário iraniano.
© Getty Images
Mundo Irão
Estas últimas sentenças elevam para 11 o número de pessoas condenadas à morte devido aos distúrbios que acontecem em todo o país há mais de dois meses.
Na segunda-feira, os cinco condenados à morte foram considerados culpados pela morte em novembro de Ruhollah Ajamian, membro da milícia Bassij, ligada à Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irão, declarou Massoud Setayeshi.
"Qualquer um pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal", disse o porta-voz.
Os cinco foram acusados de "corrupção na terra", uma das acusações mais graves do código penal iraniano.
Além disso, onze pessoas, incluindo "três jovens com menos de 18 anos" foram condenadas a "longas penas de prisão", acrescentou Setayeshi.
Uma mulher também foi condenada, mas o porta-voz não especificou a sua sentença.
O Irão tem sido palco de protestos desde a morte de Mahsa Amini, em 16 de setembro, uma curda iraniana de 22 anos que morreu três dias após a sua detenção pela polícia da moralidade em Teerão.
Mahsa Amini foi acusada de ter violado o estrito código de vestimenta do Irão ao usar de forma incorreta o 'hijab' [véu islâmico].
De acordo com os meios de comunicação locais, Ruhollah Ajamian foi morto em 03 de novembro em Karaj, a 30 quilómetros a oeste de Teerão, durante uma manifestação que marcava o 40.º dia de luto pela morte de uma manifestante.
Segundo a procuradoria iraniana, os condenados agrediram o paramilitar desarmado, despiram-no, esfaquearam-no, espancaram-no e depois arrastaram o seu corpo nu pela rua.
O Conselho de Segurança do Irão referiu que, desde o início dos protestos "mais de 200 pessoas" morreram, mas organizações não-governamentais (ONG) estrangeiras, como a Iran Human Rights (IHR), com sede em Oslo, estimam o número de mortos em 448 devido à forte repressão policial.
Além disso, pelo menos 2.000 pessoas foram acusadas de vários crimes pela sua participação nas mobilizações.
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