Lula recebe convite para visitar Biden mas viagem será após a posse
O Presidente eleito do Brasil, Lula da Silva, recebeu hoje um convite para visitar o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mas um de seus porta-vozes esclareceu que a viagem a Washington será adiada para depois da posse.
© Reuters
Mundo EUA
"Recebi hoje do assessor de Segurança Nacional Jake Sullivan o convite do Presidente Joe Biden para visitá-lo na Casa Branca. Sinto-me encorajado a conversar com o Presidente Biden e aprofundar a relação entre nossos países", escreveu Lula da Silva na rede social Twitter, após uma reunião de cerca de duas horas com enviados do Governo dos Estados Unidos da América (EUA).
A visita a Washington foi um dos assuntos que o Presidente eleito abordou em conversa com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca e com o diretor sénior de Assuntos do Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional, Juan Gonzalez.
O histórico líder do Partido dos Trabalhadores (PT) pretendia viajar até aos EUA em dezembro, antes de assumir o terceiro mandato como chefe de Estado do Brasil em 01 de janeiro de 2023, mas a visita aparentemente terá de ser adiada, segundo o ex-ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, assessor de Lula da Silva para assuntos internacionais.
Sullivan "insistiu que o Presidente Biden o receberia antes mesmo da posse, mas o Presidente Lula comentou sobre a situação interna, as medidas que tem que adotar e as negociações que estão avançando e disse que talvez não consiga [fazer a visita em dezembro]", disse Amorim em declarações aos jornalistas.
Segundo Amorim, da equipa de transição do Presidente eleito e que participou do encontro, Lula da Silva "não disse que não, mas que pode não conseguir, embora tenha apreciado muito que o convite tenha sido feito dessa forma".
"O Brasil está mais uma vez sendo respeitado pelo mundo", disse Lula da Silva ao comentar o convite que recebeu, na sua conta na rede social Instagram e em referência ao suposto isolamento do país durante o Governo do atual Presidente, Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições de outubro.
Apesar de o principal assessor de política externa de Biden ter visitado o país sul-americano com a intenção de se encontrar com o Presidente cessante e com o novo Presidente brasileiro, Bolsonaro preferiu ser representado pelo seu secretário de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Rocha, com quem os integrantes da delegação norte-americana se reuniram na embaixada dos Estados Unidos, em Brasília.
Segundo Amorim, além de questões políticas, entre as quais citou as ameaças à democracia nos dois países por conta das ações de Donald Trump e Jair Bolsonaro, Lula da Silva conversou com Sullivan especialmente sobre o G20 e o meio ambiente.
"Foi uma conversa muito ampla" que abortou as questões regionais, a cooperação tecnológica para o desenvolvimento sustentável, as mudanças climáticas e o fortalecimento da democracia, disse Amorim.
"Eles falaram de tudo, principalmente da última reunião do G20 e da necessidade de uma nova governança global", concluiu.
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