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Candidato presidencial na Nigéria alerta para violência eleitoral

O candidato às eleições presidenciais da Nigéria em fevereiro, Bola Ahmed Tinubu, alertou hoje para a crescente intimidação nas redes sociais durante a campanha e o risco de por em causa a legitimidade do processo. 

Candidato presidencial na Nigéria alerta para violência eleitoral
Notícias ao Minuto

16:57 - 05/12/22 por Lusa

Mundo Nigéria

"O próximo presidente da Nigéria vai ter algumas escolhas difíceis a fazer. Não o vai conseguir fazer com um mandato eleitoral questionável.

A segurança dos votos e a violência eleitoral são áreas onde há motivos de preocupação", afirmou, durante uma conferência organizada em Londres pelo Instituto Real de Relações Internacionais (Chatham House).

Tinubu denunciou existir "uma tendência emergente de ataques contra os funcionários e as infraestruturas da Comissão Nacional Eleitoral Independente em partes do país". 

"Ao mesmo tempo, conversas políticas nas redes sociais tornaram-se mais envenenadas com retórica violenta e ameaças de violência e represálias", lamentou 

A Nigéria, país da África Ocidental, tem eleições presidenciais e parlamentares marcadas para 25 de fevereiro de 2023, bem como eleições para governadores e outros órgãos de poder em 11 de março.

Tinubu, de 70 anos e antigo governador do estado de Lagos, é o candidato do  Congresso de Todos os Progressistas (APC na sigla inglesa) e um dos favoritos à sucessão de Muhammadu Buhari, que vai sair após um segundo mandato. 

Em setembro, o APC foi um dos partidos com candidatos que assinou um acordo contra qualquer forma de violência durante a campanha eleitoral, juntamente com o Partido Democrático Popular (PDP), o maior da oposição, o Partido Trabalhista, e Novo Partido Popular Nigeriano.

Hoje em Londres, Bola Tinubu considerou estas eleições "especialmente significativas" em termos de consolidação democrática pois completam 24 anos de governos civis, um recorde após vários períodos de ditaduras militares. 

"Hoje as eleições são mais credíveis desde o regresso da democracia em 1999", saudou, perante uma sala cheia. 

Porém, também avisou que "há países cujas eleições, por causa do peso e influência, têm implicações mais abrangentes para além das próprias fronteiras físicas". 

"A Nigéria é um desses países", vincou.

Um total de 18 candidatos presidenciais estão a concorrer às eleições presidenciais da Nigéria, incluindo uma mulher, que estão marcadas para 25 de fevereiro de 2023.

A Nigéria, o país mais populoso de África, com cerca de 200 milhões de habitantes, tem uma longa história de agitação e violência relacionada com eleições, havendo registo, em 2011 de mais de 800 mortos em conflitos pós-eleitorais.

A comissão eleitoral prevê que 95 milhões de eleitores participem nas eleições de fevereiro, numa altura em que crises económicas e de segurança afetam o país. 

Apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo do continente, possui uma taxa de desemprego de 33% e uma taxa de pobreza de 40%, segundo as estatísticas mais recentes.

O país enfrenta ainda uma insurgência por rebeldes extremistas no nordeste, bem como um alastrar da violência armada nas regiões do sudoeste e noroeste.

Leia Também: Linha ferroviária reaberta na Nigéria oito meses após ataque criminoso

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