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ONG considera que mulher jornalista é pouco valorizada na Guiné-Bissau

A Associação para a Cooperação Entre os Povos destacou hoje que a maioria das mulheres jornalistas na Guiné-Bissau estão fora dos lugares de chefia, apesar de representarem um quarto dos profissionais da comunicação social no país.

ONG considera que mulher jornalista é pouco valorizada na Guiné-Bissau
Notícias ao Minuto

15:42 - 05/12/22 por Lusa

Mundo Guiné-Bissau

A responsável da ACEP Ana Filipa Oliveira observou que, embora sejam um quarto dos profissionais de comunicação social, as jornalistas guineenses não fazem parte das chefias das redações e quase sempre são relegadas para "temas mais periféricos".

A representante falava à Lusa à margem da abertura de uma exposição, que vai estar patente até final do mês de janeiro de 2023, com 14 quadros, com fotografias de mulheres jornalistas, em que se pode ver o seu quotidiano laboral.

A exposição, patente na Casa dos Direitos, em Bissau, faz parte de um conjunto de atividades em curso no âmbito da nona quinzena dos direitos humanos na Guiné-Bissau.

Ana Filipa Oliveira considerou importante associar a quinzena dos direitos ao papel do jornalismo e das mulheres na estruturação do Estado de Direito e da democracia, com enfoque na liberdade de informação.

"Essas mulheres jornalistas guineenses personificam um pouco esses dois direitos que nós pretendemos representar e falar", defendeu a jornalista portuguesa, salientando que a exposição hoje aberta pretende colocar a debate público os dois temas: "A mulher e o jornalismo na Guiné-Bissau".

Ana Filipa Oliveira apontou ainda para a existência de machismo nas redações, a dupla jornada das jornalistas, que após trabalho laboral também desempenham tarefas nas suas casas, a precariedade, as perseguições e as ameaças físicas, para salientar que é difícil ser jornalista na Guiné-Bissau.

"Há aqui algumas barreiras, alguns obstáculos que é preciso ultrapassar", notou Ana Filipa Oliveira, para quem é preciso dar mais visibilidade ao trabalho das jornalistas na Guiné-Bissau.

A exposição resulta de uma parceria entre a ACEP, Casa dos Direitos e a Associação das Mulheres Profissionais de Comunicação Social (Amprocs) da Guiné-Bissau, à qual, disse Ana Oliveira, "é preciso dar um novo impulso".

Paralelamente à exposição de quadros de fotografias com 14 jornalistas, a Casa dos Direitos abriu também hoje uma feira de livros, cujas receitas serão revertidas para aquela associação de proteção e promoção dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau.

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