Palestiniano morto por forças israelitas na Cisjordânia
Um palestiniano foi morto hoje pelas forças israelitas em confrontos durante uma operação do exército na Cisjordânia ocupada, segundo fontes oficiais.
© Getty Images
Mundo Cisjordânia
"Um cidadão foi baleado e morto no campo de refugiados Dheisheh em Belém", no sul da Cisjordânia, disse o ministério da Saúde palestiniano, adiantando que foram registados seis feridos.
De acordo com a agência oficial palestiniana Wafa, o "exército de ocupação invadiu o acampamento e várias casas, resultando em confrontos nos quais soldados dispararam balas reais, matando o jovem".
O Clube dos Prisioneiros Palestinianos, uma organização civil de defesa dos detidos palestinianos presos em Israel, adiantou que a vítima mortal é Omar Manaa, de 22 anos.
A mesma fonte indicou que outras 14 pessoas foram detidas durante incursões noturnas na Cisjordânia.
Por sua vez, o exército israelita disse que as suas tropas abriram fogo durante a operação contra supostos membros da Frente Popular de Libertação da Palestina (PFLP), uma organização considerada "terrorista" por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
"Durante a operação, os suspeitos atiraram pedras, bombas incendiárias e dispositivos explosivos contra as forças de segurança que responderam", disse o exército israelita em comunicado, sem confirmar a morte.
No norte da Cisjordânia, as forças israelitas também detiveram Yahya al-Saadi, "um alto funcionário da Jihad Islâmica suspeito de atividades terroristas", disse o exército.
Pelo menos 146 palestinianos e 26 israelitas foram mortos desde o início do ano na Cisjordânia, Israel e Jerusalém.
Segundo o Ministério da Saúde palestiniano, as incursões acontecem num contexto de alta tensão em Israel e na Cisjordânia, onde está ocorrer o ano mais violento desde 2006, com 160 palestinianos mortos em violentos confrontos, e do lado israelita, foram contabilizados 29 mortos, 21 dos quais civis.
As autoridades israelitas dizem ter detido cerca de 3.000 "suspeitos de terrorismo" palestinianos, frustrado mais de 500 ataques e apreendido cerca de 250 armas este ano.
Israel tomou o controlo da Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias em 1967 e desde então mantém sobre o território uma das ocupações militares mais longas da história recente.
Na segunda-feira, o enviado das Nações Unidas para a paz no Médio Oriente, Tor Wennesland, tinha alertado que a situação na Cisjordânia estava "a atingir um ponto de ebulição".
Leia Também: Blinken avisa Netanyahu sobre novos colonatos na Cisjordânia
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com