"Boas intenções fazem o caminho para o inferno de Putin ou Kanye West"
Conselheiro presidencial ucraniano acusou Elon Musk de promover "soluções simples mágicas" que dariam uma "paz ilusória".
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, 'disparou farpas' em direção ao dono da Tesla, SpaceX e Twitter, Elon Musk, que acusou de "preferir as chamadas 'soluções simples' mágicas", acusando: "Boas intenções necessariamente pavimentam o caminho para o inferno de Putin ou Kanye West."
Num tweet, Podolyak lamentou que as opções de Musk sejam "trocar territórios estrangeiros para uma paz ilusória" e "abrir todas as contas privadas porque a liberdade de expressão tem que ser total".
Em outubro deste ano, recorde-se, Elon Musk realizou um inquérito no Twitter, onde apresentou aos utilizadores - que podiam votar a favor ou contra - o seu 'plano para a paz' da Ucrânia.
Aí, as sugestões de Musk passavam por refazer as eleições das regiões anexadas sob a supervisão da ONU, saindo a Rússia se essa for a vontade do povo; a Crimeia formalmente fazer parte da Rússia, "como tem sido desde 1783 (até o erro de Khrushchev)"; assegurar o fornecimento de água para a Crimeia e a permanência da Ucrânia como neutra. Na altura, 40.9% dos utilizadores votaram a favor, votando os restantes 59.1% contra.
.@elonmusk prefers so-called magical "simple solutions". "Exchange foreign territories to illusory peace" or "open all private accounts because freedom of speech has to be total". But there is one thing. Good intentions necessarily pave the road to Putin's or Kanye West's hell.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) December 4, 2022
Em resposta à polémica, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidou Musk a visitar a Ucrânia, para ver "pelos próprios olhos" a realidade do país. "Se queres perceber o que a Rússia tem feito por aqui, vem à Ucrânia e vê com os teus olhos", afirmou Zelensky durante a cimeira DealBook, rematando: "Depois da visita, vais dizer-nos como acabar com esta guerra, quem a começou e quando é que a podemos terminar."
A 24 de fevereiro deste ano, a Rússia invadiu o território ucraniano, espoletando um conflito armado que já cobrou a vida de 6.655 civis, segundo os dados das Nações Unidas, levando também à fuga de 13 milhões de pessoas, das quais mais de seis milhões são deslocados internos e mais de 7,8 milhões foram para países europeus.
Leia Também: "Vê com os teus olhos". Zelensky convida Musk para ir à Ucrânia
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com