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Canadá exige a embaixador explicações sobre alegadas esquadras chinesas

O Governo canadiano exigiu ao embaixador chinês explicações relativamente às alegadas esquadras de polícia chinesas no Canadá e alertou para possíveis medidas de reação.

Canadá exige a embaixador explicações sobre alegadas esquadras chinesas
Notícias ao Minuto

21:07 - 01/12/22 por Lusa

Mundo Canadá

"Pedimos ao embaixador que viesse falar connosco em várias ocasiões e exprimimos a nossa grande preocupação" sobre este tema, disse Weldon Epp, diretor-geral para o nordeste asiático no Ministério dos Negócios Estrangeiros canadiano.

Pequim garantiu que essas "esquadras" não têm nada de policial, mas têm como "objetivo principal (...) fornecer uma assistência gratuita aos cidadãos chineses".

O diplomata canadiano falou na terça-feira perante uma comissão parlamentar sobre a relação entre o Canadá e a China.

"O Governo do Canadá insistiu formalmente para que o Governo chinês leve em consideração, incluindo o embaixador e a sua embaixada, todas as atividades no Canadá que não estão em conformidade com a Convenção de Viena (sobre as relações diplomáticas) e que se certifique de que elas cessam", disse.

Otava considera a possibilidade de "tomar outras medidas, em função da resposta", disse ainda Epp.

As declarações acontecem um mês depois de a polícia federal canadiana ter adiantado estar a investigar informações segundo as quais a China teria instalado esquadras de polícia no Canadá, onde teria assediado cidadãos chineses expatriados.

A investigação foi aberta depois de um grupo de defesa dos direitos humanos, Safeguard Defenders, ter revelado a existência de 54 destas esquadras no mundo, das quais três se localizam na região de Toronto, a maior cidade canadiana.

De acordo com a ONG sedeada em Espanha, algumas dessas esquadras colaboram com a polícia chinesa para levar a cabo "operações e manutenção da ordem em solo estrangeiro".

Em reação, Wang Wenbin, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, classificou as informações como "completamente falsas" em conferência de imprensa, garantindo que Pequim respeita "plenamente" a soberania dos outros países.

Na Europa, Portugal e Países Baixos constam do relatório da Safeguard Defenders como países onde também foram instaladas esquadras chinesas.

Em Portugal, onde alegadamente existem três estruturas destas, o caso foi denunciado no parlamento pela Iniciativa Liberal, com Cotrim de Figueiredo a confrontar o primeiro-ministro António Costa com os dados do relatório da ONG espanhola.

No final de outubro, a Comissão Europeia disse que cabe aos Estados-membros investigar a existência de alegadas esquadras chinesas na União Europeia (UE), nomeadamente em Portugal, vincando que, embora não tenha sido informada, pode mobilizar apoio para os países, se necessário.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou estarem em curso investigações do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) ao caso do alegado funcionamento ilícito de "esquadras chinesas" em Portugal.

Leia Também: China rejeita existência de "esquadras ilegais", incluindo em Portugal

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