EUA negam participação na morte do líder do grupo Estado Islâmico

Os Estados Unidos garantiram hoje que não participaram na morte do líder do grupo Estado Islâmico, enquanto o comando militar norte-americano no Médio Oriente adiantou que Abu al Hasan al-Qurashi foi abatido por rebeldes no sul da Síria.

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© Reuters

Lusa
30/11/2022 23:50 ‧ 30/11/2022 por Lusa

Mundo

Estado Islâmico

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, destacou em conferência de imprensa que a morte de Al-Qurashi "não foi resultado de uma ação dos Estados Unidos".

No entanto, assegurou que o Governo liderado por Joe Biden está "satisfeito" com a sua partida da organização terrorista, pouco tempo depois de ter assumido a sua liderança, em março.

O comando militar dos Estados Unidos o Médio Oriente (CentCom) divulgou que o líder do grupo 'jihadista' foi morto por rebeldes no sul da Síria.

"Esta operação foi realizada em meados de outubro pelo Exército Sírio Livre na província síria de Daraa", destacou o CentCom em comunicado, acrescentando que a morte de Al-Qurachi é "outro golpe para o Estado Islâmico (EI)".

O EI anunciou esta quarta-feira a morte do seu líder e designou Abu al Hussein al Husseini al-Qurashi como o novo "califa", segundo um áudio transmitido pela produtora audiovisual Al Furqan, ligada aos 'jihadistas'.

Abu Hassan al-Hashimi al-Qurashi tinha sido escolhido para líder do grupo EI em março passado.

O porta-voz do grupo não especificou na mensagem as circunstâncias da morte do líder do grupo, a segunda de um chefe do EI em menos de um ano, mas adiantou que a escolha do novo chefe aconteceu após uma reunião da cúpula do movimento 'jihadista'.

O primeiro líder do grupo EI, Abu Bakr al-Baghdadi al-Qurashi, foi morto em 2019 num ataque dos Estados Unidos na província de Idlib, reduto da oposição síria no nordeste do país, e o sucessor, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurashi, foi abatido a 03 de fevereiro deste ano noutra operação especial das tropas norte-americanas no noroeste do país.

Abu Bakr al-Baghdadi al-Qurashi tinha sido proclamado califa pelo grupo Estado Islâmico em 2019, após a morte do antecessor, Abu Bakr al-Baghdadi.

Desde a morte de al-Baghdadi, os líderes do grupo Estado Islâmico passaram a incluir o nome al-Qurashi, numa referência à tribo dos coraixitas, à qual pertencia o profeta Maomé.

Após uma ascensão meteórica ao poder em 2014 no Iraque e na Síria, e a conquista de vastos territórios, o EI viu o seu autoproclamado "califado" ser derrubado após sucessivas ofensivas militares nestes dois países, respetivamente em 2017 e 2019.

Desde então, a organização foi desestabilizada em várias ocasiões pela morte ou captura de vários dos seus líderes.

Leia Também: Morreu líder do autoproclamado Estado Islâmico (e já há substituto)

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